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CURIOSIDADES HISTÓRICAS DE COARACI

 

O Jornal À TARDE publicava no dia 12 de abril de 1999, nota do IGHB – Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, conclamando prefeitos a publicarem a história de seus municípios.

-Os Pioneiros eram chegantes nesta região, vindos de várias cidades da Bahia, do Brasil e até do Exterior, e que aqui investiram suas economias. Na verdade Coaraci é o resultado dos investimentos destes homens e de suas famílias.

 

-Foi inaugurada em 1972, à Rodovia Federal BR 101, e muito contribuiu para a quase destruição da Mata Atlântica. Todos os dias centenas de carretas trafegavam por ela transportando milhares de metros cúbicos de madeira do que existia de mais nobre nas matas da Bahia.

 

-Muitos fazendeiros só começaram a investir maciçamente nas sedes de suas fazendas após os anos 1938, um período que a maioria deles já havia estruturado a plantação de cacau, a criação de gado e concluído benfeitorias, as novas casas da sede possuíam muitos quartos, salas, varandas, despensas, cozinha, banheiros, muitas janelas, e até dependências especiais para visitantes ilustres.

 

-Os animais da fazenda permaneciam soltos dentro do cercado. Eram patos, gansos, porcos, barrões, bacuris, carneiros, burros, cavalos, d'angolas, carnizés, estes animais ficavam ciscando, farejando e alimentavam-se durante todo o dia, algumas vezes sob a vigilância da meninada, livres de outras atividades. Essa vigilância incluía: dar banhos, limpar os pelos, procurar ninhos perdidos, recolher ovos, argolar porcos, ordenhar vacas e ovelhas, concertar cercas, limpar cangalhas, selas, cabrestos, brides e afins, habituando-se desde cedo aos afazeres de uma roça.

 

-A legislação trabalhista até 1960, não tinha efeito sobre o trabalhador rural. Muitos deles viveram toda a vida ligados a uma, ou no máximo duas fazendas, e mantinham uma excelente relação com seus patrões, chegando a confundirem-se com membros da família. Alguns fazendeiros permitiam que estes trabalhadores comprassem animais e os mantivesse na propriedade junto aos seus rebanhos. Podiam plantar colher e vender seus produtos nas feiras livres. Mas havia contratos entre as partes; Se por ventura fosse demitido, ou morresse ou se fosse embora devolveria a área com todos os benefícios realizados nela, ao patrão. Os contratos eram verbais.

 

-As chuvas comuns e abundantes dos meses de novembro e dezembro não caíram nos anos 1950 e 1960 proporcionando assim uma crise sem precedentes em toda região cacaueira.

 

-Em 1957 surge no quilômetro sete da rodovia Itabuna - Ilhéus, a CEPLAC - Comissão Executiva do Plano de Recuperação Econômico Rural da Lavoura Cacaueira Autarquia, vinculada ao Ministério da Agricultura. Seu objetivo maior era melhorar a qualidade do cacau, através da aplicação de uma tecnologia avançada visando uma maior produção por hectare. Escritórios regionais foram instalados em cada município produtor de cacau da Bahia, uma importante divisão no Espirito Santo (Linhares) e outra na Amazônia além de uma estação experimental no Recôncavo. A Ceplac logo tornou-se um símbolo de administração publica, grande geradora de empregos e salários acima das demais categorias de atividades regionais. Sustentava-se em seus primeiros anos, através de uma retenção de 15% sobre o preço de exportação, calculado em dólares. Esteve entre os três maiores centros de pesquisas agrícolas do mundo. Em sua equipe trabalharam, técnicos brasileiros e estrangeiros de renome internacional, com graduação, mestrado e doutorado nas mais importantes escolas do País e do exterior.

Por volta de 1975 entrou em decadência e em 1980 era apenas uma sombra de sua fase áurea. A partir daí, o que se via eram filhos e netos herdando fazendas com visíveis aspectos de abandono.

A Ceplac não devolveu ao Brasil o lugar de destaque que havia obtido anos atrás. Perdeu a força e hoje é uma autarquia com rumores de desativativação.

 

-Em 1997, o Jornal À Tarde publicou em uma de suas páginas: ...nos últimos sete anos, a região cacaueira perdeu 160 mil hectares de plantação de cacau, equivalentes a R$ 1.150 bilhão.

 

-Separadas da casca, as amêndoas são transportadas em animais para a sede da fazenda e colocadas nos cochos para fermentação, onde permanecem por quatro ou cinco dias, a depender das condições do tempo. O objetivo da fermentação é tornar as amêndoas livres de impureza. Vez ou outra são submetidas a uma pisagem adicional para retirada definitiva da sujeira que escapou ao processo de fermentação, melhorando grandemente sua qualidade. A bonga é a última atividade dentro da produção de uma fazenda e corresponde ao recolhimento daqueles frutos que ficaram escondidos entre as copas do cacaueiro ou perdidos entre a vegetação, no solo. A maioria dos fazendeiros oferecia aos trabalhadores essa bonga. Com o surgimento da vassoura de bruxa em 1989, a fermentação e a pisagem deixaram de fazer parte das fases de beneficiamento do cacau.

 

Dois Natais muito diferentes

 

Texto adaptado por PauloSNSantana

 

Das dezesseis mil pessoas, ou mais, presentes na praça Getúlio Vargas, no Natal de 1950, estavam presentes nas ruas centrais de Coaraci em 2014, um número ínfimo de pessoas, as ruas quase desertas esboçavam um semblante triste e nostálgico. Uma árvore de Natal instalada na Praça Getúlio Vargas, lembrava o Natal, além é claro da sofisticada iluminação natalina da sede da Prefeitura Municipal de Coaraci. No centro da cidade, o comércio promoveu promoções de vendas e à noite o bar de Maria e bares da Praça de Eventos e do Beira Rio foram opções para os adeptos das baladas noturnas.

 

 

POSTO DE SAÚDE CELSINA CASTRO - LOCAL: BAIRRO MARIA GABRIELA

 

A prefeita Josefina Castro inaugurou uma Unidade de Saúde que recebeu o nome de Celsina Castro, no Bairro Maria Gabriela, acompanhada do vice-prefeito Sérgio Fraiffe e do deputado estadual Rosemberg Pinto. A unidade de Saúde da Família do Maria Gabriela é um  investimento de R$ 407.891,00 é uma das mais modernas do sul do Estado. A obra, segundo a secretária de Saúde, Alessandra Borges, era esperada há mais de 15 anos.

 

Eleições Municipais 2015

 

Em Coaraci já se comenta sobre as próximas eleições municipais. Caminhando pelas ruas da cidade ou sentado em algum banco de bar ou boteco, nas esquinas ou nas escolas ou em praças publicas o assunto sempre vem à tona. Quem será o próximo prefeito dessa cidade? Existem alguns nomes conhecidos como Milton Cerqueira, Jadson Albano e já se comenta sobre a candidatura do sobrinho da atual prefeita. Mas ainda podem surgir nomes como o do ex-prefeito Janjão. Sérgio Fraife pretende ser candidato a prefeito em 2016, porém o grupo da prefeita quer lançar como candidato o secretário de finanças municipal Eduardo Haendel, o Kadú, que é sobrinho de Josefina Castro. E entre os novos candidatos aparece o nome do vereador Rosival Carvalho. Pode ser que apareçam mais nomes. Democracia é assim mesmo! 

A maioria dos coaracienses guarda certa distancia deste assunto, não gostam de se expor, mas tem uma opinião critica sobre o tema. Existe desconfiança. Por outro lado essa é uma péssima época para se falar em politica local, face aos tristes acontecimentos nacionais envolvendo políticos do congresso nacional e do senado em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro público o que deixa o povo com a pulga atrás da orelha.

Mas o eleitor coaraciense não é bobo e já deve ter um nome na mira, guardado em segredo ou ainda aguarda os acontecimentos para tomar uma decisão. É que no interior as pessoas não gostam de externar o que pensam sobre politica local, para evitar atritos e inimizades. Alguns eleitores costumam seguir a opinião de familiares e outros esperam chegar as eleições para fazer um balanço dos prós e dos contra e fazer sua escolha. Ainda existem os que esperam ansiosamente pelas benesses oferecidas pelos candidatos e na hora “H” votam contra, é uma forma de vingança pessoal. O povo sabe que é imoral mas não tá nem aí!

Se me perguntassem o que o eleitor espera do seu candidato; eu diria transparência, probidade, disposição para o trabalho e realizações no campo social, de saneamento básico, na educação, na saúde, segurança pública. Que vista a cidade com roupas novas. Quem vier a ser o mandatário municipal têm que saber que é preciso aproximar-se mais do povo e precisa aprender à ouvi-lo com mais frequência. O que geralmente acontece na maioria das prefeituras municipais é que apenas um grupinho tem acesso ao prefeito ou vice, enquanto a grande maioria dos eleitores fica sem saber o que se passa, o que acontece, quais as próximas medidas que o executivo vai tomar. O povo deve participar da administração pública hora opinando, hora aprovando ou rejeitando, isso é democracia. Os eleitos devem demonstrar interesse pelos anseios do povo da periferia, ouvir os comerciantes e pequenos empresários, sentir o que eles estão sentindo, quais as suas carências e necessidades mais urgentes. É Preciso haver uma empatia entre o poder e o povo. Outro ponto primordial é que cumpram as promessas de campanha e que haja mais pontualidade na execução das ações. Se promete mundos e fundos e depois das eleições o povo fica ali esperando sentado pela boa vontade do executivo em comunicar o andamento dos projetos, quando vai sair ou se não vai sair mais do papel. Acho que hoje existe um grande distanciamento entre a comunidade e o executivo, não existe mais aquele corpo a corpo, tudo é através do facebook, twitter, e-mails, programas de rádio e televisão ou quando se encontram em alguma solenidade ou inauguração. Muita gente não tem acesso a esse tipo de informação, digo mais, a maioria não tem acesso. Isso só dificulta a relação e torna a administração municipal fria e sem vínculo popular. Esse tipo de gestão não é bom para nenhum dos dois lados.

De qualquer maneira, muito atenção candidatos por que cavalo não desce escada!

                                                                                           PauloSNSantana  

 

O SENTIMENTO DE SER COARACIENSE

 

Às vezes me pego pensando, eu que sou nativista de carteirinha, nas razões que afirmam e caracterizam o jeito de ser do povo coaraciense.

O cancioneiro Waldir Amorim com sua voz singular entoou e entoa o trocadilho: “Só deixo o meu Coaraci no último pau de arara”. E, embora por vezes cantemos mecanicamente os versos desta canção, a verdade é que muitos coaracienses nutrem um real sentimento de amor a esta terra: a Terra do Sol, em Tupi-guarani. Muitos só a deixam, em última instância, movidos pela busca de emprego em outras cidades, mas vão-se com o coração tupiniquim partido.

Parece que o Sol, astro rei da terra mãe, resplandece os seus cálidos raios sobre seus filhos guerreiros. Sim, o povo de Coaraci é, por assim dizer, uma brava gente, orgulhosa de si mesma. Quando noutras terras se é perguntado sobre sua naturalidade, não são poucos os que bradam o peito dizendo veementemente: eu sou de Coaraci!

Não sei que sentimento inebriante é este o de se afirmar sendo coaraciense ou o de afirmar Coaraci sendo seu integrante.

Coaraci posso rememorar nestes últimos trinta e poucos anos, alguns personagens que habitam o meu e, acredito, o imaginário de muitos que aqui nasceram e decidiram ancorar porto e também aos que já moraram nesta cidade.

Coaraci de Gonzaga da pipoca, que preenchia as tardes de domingo nas saudosas matinês do Cine Coaraci.

Coaraci, de apelidos paradoxos como parados é a própria vida, onde Valmir Negrão é branco de olhos azuis, Dona Preta, esposa do saudoso Gentil Figueiredo, era branco feito neve. Coaraci de Dona Pequena que de pequena não tinha nada.

Coaraci do mago Zé Dunda, que já curou muita gente com suas místicas garrafadas.

Coaraci de Seu Manoel, porteiro que atravessou décadas trabalhando no Colégio Municipal de Coaraci, onde posso me lembrar, não é Lulu? Itamar? Diva? Fafá? Que nos idos de 80, os alunos o respeitavam e temiam como se fosse mesmo o Diretor da escola.

Coaraci de Seu Pimenta da Rua Santa Helena, senhor que realizava a melhor festa de Santo Antônio e São João de bairros da cidade.

Pode-se observar que o sentimento de ser coaraciense também se afirma na e pela cultura que aqui é produzida. Antropologicamente se sabe que culturas não podem ser hierarquizadas, pois toda cultura tem que se respeitada dentro de suas particularidades. Ocorre que o povo de Coaraci deixa marcas indeléveis na música, na dança, nas artes plásticas, nas poesias e por onde passa vai sincretizando outras culturas.

Coaraci, que reúne, simultaneamente, covardia e coragem, atraso e desenvolvimento, submissão e ousadia.

Coaraci, cidade pintada sobre a tela ainda bucólica da natureza e que me faz relembrar o poema de Gonçalves Dias: “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá”.

Tenho certeza de que todos aqueles que por uma circunstância ou outra tiveram que deixar Coaraci, sentem saudades desta cidadezinha que não é qualquer, pois em cismar sozinho à noite, mais prazer se encontra cá.

Dedico este texto a Gonzaga da pipoca por tudo que você representa no imaginário de tantas crianças que hoje se fazem orgulhosos adultos coaracienses.

 

Por: Fabiana Oliveira Rocha Psicopedagoga,

Coordenadora Pedagógica e Professora do Município de Itabuna

 

histórias de Coaraci

População estimada 2014 (1)20.183

População 201020.964

Área da unidade territorial (km²)274,500

Densidade demográfica (hab/km²)74,17

Código do Município2908002

Gentílicocoaraciense

Prefeito

JOSEFINA MARIA CASTRO DOS SANTOS

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