
EU GOSTO?
Ah! As pernas torneadas, as coxas grossas, polpudas, firmes, suculentas, os quadris esculpidos, “abundantes”, o ventre chapado, batido, reto, o tórax cheio, sem exageros, os braços carnudos. Descobriu quem é? Lá vai: Marta Rocha, a eterna. Inventaram esse novo modelo esquelético porque no outro ninguém podia concorrer com ele. Nem com Elizabeth Taylor, nem com Ava Gardner. É saudosismo, é? Então viva o saudosismo. (Dr. Eldebrando Moraes Pires)
MANUSCRITO
É “manuscrito” mesmo e a “pena” mesmo, porque não tenho e não sei usar computador. Sou da antiga, com perdão de Lya Luft, a apologista da informática, no seu Perdas e Ganhos. E também não tenho celular. Só sei “navegar” de barco a vela, céu azul e mar. (Dr. Eldebrando Moraes Pires).
ANTIGAMENTE ERA ASSIM!
Antigamente as moças só casavam virgem! Você esta duvidando? Comigo mesmo foi assim e “só” cinquenta anos passados. Minha mãe, a velha Filhinha, muito querida pelos netos e pelos amigos deles, sempre foi, como se diz hoje, uma velha “muito pra frente”. Eles adoravam a avó e ela achava tudo “muito bem feito”, deve ser assim mesmo e antigamente, sim, tudo era errado. Contava para eles até uma piada pornográfica a “ripa do telhado”. Achavam a avó uma maravilha. E ela falava:
- Esse relacionamento de hoje de vocês com as moças é certo! É assim mesmo. No tempo da hipocrisia a moça só namorava na sala de visitas, com a luz acesa, o pai e a mãe na outra sala perto, na espreita a qualquer ruído estranho. Bem vigiados. O casal só pegava na mão depois de noivos! Quando chegava a hora certa o pai pigarreava do corredor, entrava na sala e “boa noite”. Encerrando o namoro. Isto por volta das nove da noite, quando tardava.
Olha meus filhos, com tudo isso elas “saíam de casa” e até engravidavam! Um mistério. Eu não sei como conseguiam. O povo ali vigiando, sem dar folga. De repente não se era mais “moça”. “Estava deflorada”.
A velha devia saber! Eu, bem aqui por dentro, tenho as minhas suspeitas, bem fortes. Parece-me que ela também não casou virgem! Levou o seu segredo, escondeu-o, no seu único pundonor, diante dos netos para quem tanto se abrira.
Estaria como acha a minha malicia, no rol das pioneiras? Espero. E como teria sido? Só com as mãos juntas do noivado? Hoje o termo virgindade foi abolido, riscado do mapa apagado do dicionário. Hímen? O que é que é? Que diabo é isso? Nunca ouvi falar. Deflorada? Estou por fora. Que nome esquisito! (Dr. Eldebrando Moraes Pires).
O GOLEIRO BÊBADO
Conheci o campo de Coaraci numa partida de futebol entre dois clubes da cidade. Muita gente no campo. O goleiro de um dos times era Nivaldo Leal, cheio de pau, rouco, gritando para orientar os zagueiros. Veio à primeira bola e... gol, a segunda passou direto e à terceira, mais um frango daqueles. O torcedor não se conteve e, com um bocão, gritou para dentro do campo: - Passa cachaça na bola que não vai entrar nenhuma.
Ele vai pegar todas para ficar lambendo. Vai fechar o gol! (...)
(Dr. Eldebrando Moraes Pires).
ACONTECEU EM COARACI:
’’BLECAUTE’’
Inauguração dos Refletores
De PauloSNSantana
Nos anos 80, na gestão do Prefeito Joaquim Almeida Torquato, foram instalados os refletores do Estádio Barbosão, uma ação que iria permitir a realização de jogos de futebol à noite, um sonho dos coaracienses, que começou com a inauguração do Estádio Barbosão por Antônio Lima. Tudo foi minuciosamente preparado.
Convidados de toda a região vieram prestigiar o evento. Autoridades, e a delegação do Vasco da Gama do Rio de Janeiro, que trouxe todos os craques daquela briosa equipe, entre eles Romário.
A noite chegou no clima de festa, um enorme vai e vem de torcedores, charangas, a cidade parou para assistir ao jogo entre o Vasco e a Seleção Coaraci. Os melhores craques da Terra do Sol estavam presentes e escalados para o grande jogo.
As filas na porta do estádio cresciam minuto a minuto, as aulas foram suspensas, para que todos os coaracienses, ou quase todos pudessem comparecer para incentivar a seleção da casa.
A uma hora do início do evento, faltou luz! Um apagão geral! Todos ficaram aflitos, à medida que o tempo passava a aflição aumentava, junto do buchicho e disse me disse politico. Uns achavam que era coincidência e outros tinha certeza de um golpe arquitetado pelos políticos do PDS. O prefeito Joaquim Torquato, mexeu com os pauzinhos, e deu ordens a funcionários municipais para descobrirem o que havia acontecido.
Uma hora depois a cidade ainda estava no escuro total, a delegação do Vasco da Gama chegou e a cidade ainda estava no breu, eles ficaram preocupados, com a situação. A maioria dos que estavam envolvidos com a seleção de Coaraci estavam na casa de Antonilton Calhau, lá estava também parte da equipe do Prefeito de Joaquim Torquato, dando prosseguimento ao planejamento da inauguração.
Finalmente para alivio e alegria de todos, a energia foi restabelecida. A causa foi uma pane em uma das torres da empresa de energia elétrica, perto da União Queimada. Finalmente com o retorno a normalidade, o público presente vibrou, quando foram acessos os refletores e a solenidade de inauguração e o jogo iniciados. Os coaracienses torceram pela seleção de Coaraci, aplaudiram todas as grandes jogadas dos excelentes jogadores do Vasco da Gama. E ainda assistiram dois gols de Roberto Dinamite e um gol de Romário. A seleção de Coaraci perdeu por 3X0. Mas foi uma noite memorável.
MAIS UMA HOMENAGEM A DR. ELDEBRANDO MORAIS PIRES,
AUTOR DO LIVRO “MINHAS GARATUJAS”
O LIVRO “MINHAS GARATUJAS” DE DR. ELDEBRANDO MORAIS PIRES – 2008
Trechos do Prefácio
Autoria de Florisvaldo Mattos
Recordar é viver, já garantia a judiciosa letra de um samba que enlevou, Brasil afora, corações e multidões de um longínquo Carnaval, a que forçosamente me reporta a leitura de Minhas Garatujas, titulo com que o Dr. Eldebrando Morais Pires celebra as memórias de seus mais de oitenta anos bem vividos, mais de cinquenta deles ao lado da adorada que escolheu para esposa, Venancinha. É disso que verdadeiramente se trata – de lembranças, e muitas. O estuário que aflora dessa íntima caudal de sucessos e narrações abriu-se-me para duas realidades peculiares...
Embora a esses tempos apenas faça alusão o autor, dividido em quatro capítulos, o ultimo reunindo fotos rememoráveis de momentos vividos, o livro se compõe de relatos, narrando os 38 anos que viveu em Coaraci, com uma vitrine em que desfilam episódios e personagens, uma galeria de casos pitorescos e hilários, muito de convivência profissional e reconhecimento da capacidade de colegas e serviços de saúde no combate às endemias e epidemias que à época assolavam o interior rústico; tristeza por dificuldades enfrentadas e alegrias pelo sucesso de muitas iniciativas. O terceiro capítulo tem sabor especial, já que aproveita para, ditoso, registrar, em andamento biográfico, pleno de hilaridade, romantismo e pungente naturalidade, o transcurso dos oitenta anos de idade, concomitantes, dele e de Venâncinha (que conheci ainda na casa de Dona Filhinha, quando decidiram ficar noivos) – e aí se trata de toda uma história de identidade, companheirismo, dedicação e entusiasmo pela vida.
Sinto-me, no entanto, obrigado a realçar outra altura que o livro alcança, ao representar um relato confiável de parte substancial da história recente de Coaraci, a partir de 1953, o ano da chegada do autor à cidade, o mesmo da emancipação política do município. Neste aspecto, sem presunções de estar escrevendo história, presta serviço inestimável, preenchendo uma lacuna. Talvez por falha minha não conheça nada da história de Coaraci, a não ser um esquemático opúsculo, limitado e generalista, distribuído, há muitos anos, pela CEPLAC, com intuito de divulgação. Embora sem propósito historiográfico. Minhas Garatujas tem o mesmo significado de outros textos de autores empenhados em propagar a história de municípios e cidades, como testemunhos do que viram ou de alguma forma coletaram.
Neste sentido, servirá este, para a Coaraci emancipada, o mesmo que serviram, para Itabuna, textos de história testemunhal elaborados por Manoel Fogueira, Francisco Benício dos Santos, José Dantas de Andrade e Adelino Kfouri, entre outros; para Ilhéus, sem falar no monumental livro de Silvas Campos, os de Carlos Pereira Filho, Raimundo Sá Barreto e José Cândido de Carvalho; e, para Buerarema, recente livro do jornalista Antônio Lopes. Se pessoas de certo grau de instrução, mas com paciência e gosto pela escrita, como no caso de Bandinho, que viveram em cidades e municípios, se interessassem por esse tipo de memorialismo, até mesmo como testemunho informal, muito agradeceriam os próprios municípios, a história politica, a academia, pesquisadores e historiadores por este serviço. Por isso mesmo, Coaraci e seu povo seguramente agradecerão ao Dr. Eldebrando Morais Pires pelo seu livro...
O MAL NÃO COMPENSA
De Francisco Carlos Rocha Almeida
Estava passando uns dias na fazenda da minha avó, e o meu Tio José Rocha, começou a contar seus casos pavorosos de fantasmas. Ele disse que o empregado (o único), levava uma vida muito dura, falando que desde a infância que ajudava o pai na roça, que também era um simples peão. Sabemos que aqui no nosso país, se paga um salário que mal dá para atender as necessidades básicas. Como se a única coisa de importante na vida fosse comer, pois o que ganha não dar para comprar quase nada. Ele nos contava, que o Orlando, o peão, tinha lido o livro de São Cipriano. Dizem que este livro é muito perigoso! As invocações, e a magia que ele contém são muito poderosas e mexem com poder oculto das trevas. Somente iniciados em magia negra ou mestres devem estudá-lo. Cuidado! O mais procurado é o São Cipriano da capa preta, que fala em magia negra, adivinhações, bruxaria, invisibilidade e outras coisas mais. Aquele homem ao ter consciência do conteúdo do livro, fez uma promessa, que se melhorasse de situação, iria servir o capeta, o resto dos seus dias. O cramunhão, ouvindo o clamor daquele homem que se achava indignado com sua situação, atendeu o seu pedido, e lhe facilitou ser meeiro de uma propriedade. Tendo ficado todo satisfeito, feliz porque fora atendido também invocou o poder da invisibilidade. Mas o diabo fez uma exigência: “Que enquanto ele fosse vivo, não trocaria mais de roupas, deveria usar para sempre aquele trapo em que estava vestido e jamais sentiria sono. Pois é, segundo ele, passava as noites em claro. O preço a ser pago pela ambição foi muito caro e ele nos falou se pudesse desfaria de tudo aquilo, pois a vida que hoje ele levava não valia a pena, pois vivia muito atribulado. Dizem que São Cipriano, cansado de viver uma vida péssima servindo ao mal, se arrependeu e se converteu ao cristianismo.
A roupa que aquele peão usava estava em frangalhos, mas sua esposa dedicada, prendada nos serviços da casa, quando seus trapos rasgava, ela dava um jeitinho para costurar. Pode parecer uma estória da carochinha, mas não duvide, porque existe mais coisa entre o céu e a terra do que nossa vã filosofia. Eu e meus primos, tínhamos muito medo daquele homem esquisito, com as vestes mal cheirosas e que aparecia à nossa frente vindo do nada. Pois é, acredite se puder, pois quando ele chegava para papear, ele sabia de tudo que nós estávamos conversando. Aí um dia eu pensei com meus primos:” Vamos ficar de tocaia, pois não acredito nessa história cabeluda de homem invisível”. Estávamos todos de vigia: se ele tiver escondido para nos ouvir, a gente vai saber hoje, pois como ele poderia saber o nosso papo, se não estava presente, então estávamos todos observando os acessos para se chegar à sede da roça”. Cansados de vigiar, voltamos para casa. Qual não foi a nossa surpresa ao nos aproximarmos, o homem do pacto, já estava conversando com meu tio. Aí ele riu e falou: “vocês não acreditam, mas acabei de passar ao seu lado, lá no passadiço(que era uma passagem que impedia os animais maiores de entrar na sede) . Aí o espanto tomou conta de nós, e começamos a arrepiarmos e tremermos da cabeça aos pés. O mal existe, nisso muita gente crê, mas pessoas que procuram enriquecer rapidamente, ou desejam coisas ruins para os outros, a tendência e ter um final infeliz. Não queira invocar o mal, não brinque ou faça pouco daquilo que você não conhece, porque a lei de retorno é inevitável. Você começa a levar uma vida atribulada, sem paz e se distancia do amor de Jesus. Busque a Deus, no seu quarto, ou onde você estiver e verás que será atendido.
Não queira viver andando por atalhos, mas siga o caminho que Jesus nos ensinou, pois só assim seremos verdadeiramente ricos, pois não existe preço para quem leva uma vida de harmonia e paz, quando se busca verdadeiramente a Deus.
UMA FAZENDA ASSOMBRADA!
De Carlos Rocha Almeida
Há alguns anos atrás, quando ainda trabalhava na Cooperativa de Coaraci, eu ouvi um caso contado por um fazendeiro que era um dos associados, seu nome era Antonio Brito de Souza. Que por volta de 1950 na região de Santa Luzia, havia um fazendeiro proprietário de várias fazendas de cacau, dentre elas tinha uma, na qual ele residia, a Fazenda São Raimundo. Ele me disse que o velho era muito sovina, mão de vaca, e que não gostava de gastar o seu dinheiro. Vivia se gabando, que se não fosse por ele o Banco da Bahia de Santa Luzia, já tinha fechado as portas, pois ele tinha em depósito muitos milhões. Este homem tinha cinco filhos, os quais viviam em constante discussão, dizendo que tal roça ia ser minha, os outros diziam que iam ser deles.
O coronel Anastácio Moura, como era chamado, vivia cercado de jagunços, para protegê-lo e fazer as artimanhas que o velho desejava.
A roça só vivia em festa, com bastante convidados, comida farta na mesa, e um trio de forrozeiro, Chiquinho do acordeom, Belisco na zabumba e Zé do Vale no triangulo. Para essas farras ele não fechava a mão, gastava na maior felicidade. Os filhos sempre perguntavam: “oh Pai, a Fazenda Vila Bela, quando o senhor morrer vai ficar pra quem”? Meninos eu nem morri ainda e vocês já estão falando em inventário! Só que o velho tinha uma preferência pelo filho mais novo, chamado de José Elias, cuja fazenda ambicionada pelos irmãos, e já constava no inventário que ia ficar pra ele. Começaram a investigar, pergunta aqui, pergunta acolá, alguém muito amigo do advogado do pai, bateu com a língua nos dentes. Então começou a confusão, que culminou com a morte do filho preferido do pai. O pai, cheio de ódio pelo acontecido, mandou seus capangas darem um fim no filho assassino. A partir daí, a vida do velho, começou a perder o sentido, devido ao sofrimento que este caso lhe causou. Indignado, o coronel Anastácio, fez uma reunião e mandou o advogado fazer a leitura do testamento. Fazendo isso, mandou que cada filho fosse cuidar de suas heranças. Então um dos filhos perguntou: ”Pai, e a Fazenda São Lourenço, vai ficar pra quem”? O velho indignado, respondeu, a que eu ainda moro e a do seu irmão morto por vocês, ninguém toca. A alegria naquela fazenda virou fumaça, pois a tristeza tomou conta do coração daquele homem. Antes cheia de convidados, as moças bonitas das redondezas, os rapazes fortes, simpáticos, os grupos de forró com suas músicas, tudo acabou.
A fazenda São Lourenço quando os irmãos iam lá para tentar fazer a colheita, acontecia coisas horripilantes, gritos e pedras que vinham de todo lado, botando os intrusos pra correrem. Resultado, o cacau secava no pé, pois ninguém conseguia tocá-los.
O Coronel ao saber dessas histórias ficava mais indignado, pelas lembranças do filho querido. Então ele não cansava de dizer: ”Meu filho, meu filho, chorando, o cacau tá todo seco, o cacau tá todo seco! Pouco tempo depois o velho veio a falecer.
A ANTIGA COURAÇA E OS JOGADORES DE OUTRORA
Adaptação de PauloSNSantana
Fonte Livro C.U. Sopro de E. Argôlo.
A antiga couraça que dominava os jogos nos anos 30,40 já não mais fazia parte do futebol, por volta de 1952. Era uma bola, onde uma câmara de ar era introduzida em seu interior, enchida e posteriormente fechada por uma tira de couro, como cadarços de tênis e de alguns sapatos. Depois de duas ou três semanas de uso, a couraça tornava-se oval, o que muito dificultava sua eficiência. O sofrimento era maior quando algum atleta, ao chutá-la descalço, acertava naquele nó endurecido, formado pela tira de couro. Dentre as muitas dezenas de paleteiros que enfrentavam o sol a pino, muitos eram irmãos de sangue, anônimos, que desfilaram por esse templo sagrado por muitos anos, enriquecendo de alegria aqueles que tiveram a sorte de vê-los jogar. Todos aceitavam sem constrangimento os apelidos que lhes eram impostos como, por exemplo: Lourival Santos, filho de Pedro Inocêncio, sempre atuou como goleiro, e mesmo considerado razoável, era chamado de Louro Galinha e Urupemba, um termo indígena que significava peneira, e resmungava pelo resto da tarde quando sofria algum gol. Francisco Soares notabilizou-se também como goleiro, aliás, o primeiro dentre os estudantes, embora atuasse em outras posições do ataque. Vilibaldo, estudante, também se notabilizou como goleiro. Nas peladas coaracienses outros também ocuparam essa posição: Marion Juvino, Perrucha e Deusdete, este, apelidado de Dete Onça, por possuir algumas pintas avermelhadas espalhadas pelo corpo. Como zagueiros e meios-de-campo, havia uma profusão de destacados atletas: Edmundo Bispo, pelo alto podia-se até levar alguma vantagem sobre ele, mas, por baixo, era extremante difícil pela velocidade que possuía. Nas corridas de cem metros rasos, nas avaliações de Educação Física, Muma, como era chamado, estava sempre em primeiro lugar e tinha grande popularidade dentro da nação. Raimundo, filho de João Ferreira, pelo seu tamanho era chamado de Raimundão. Possuía um futebol seguro, veloz e eficiente, na mesma proporção de seu físico.
A PRIMEIRA SEDE DA PREFEITURA MUNICIPAL DE COARACI
Segundo Joaquim Torquato, por Coaraci não dispor de um imóvel adequado para a instalação da Prefeitura Municipal, aproveitou-se de um espaço onde funcionava um Grupo Escolar, logo submetido a uma profunda mudança em sua estrutura para comportar o Gabinete do Prefeito, Secretarias e Câmara de Vereadores. Conforme Leda Feitosa, nesse tempo, o referido terreno pertenceu a Ernesto, seu pai, e quando teve início as obras que abrigaria a Prefeitura, apenas uma pequena casa existia no local.
Fonte: Livro Coaraci Ultimo Sopro de Enock Dias Cerqueira
A LONGA VIAGEM DO CACAU
Fonte http://www.ceplac.gov.br
A medida que o cacau ia ganhando importância econômica com a expansão do consumo de chocolate, várias tentativas foram feitas visando à implantação da lavoura cacaueira em regiões em condições de clima e solo semelhantes às do seu habitat natural. Em consequência, as suas sementes foram se disseminando gradualmente pelo mundo. Em meados do século XVIII, o cacau tinha atingido o Sul da Bahia e na Segunda metade do século XIX, foi levado para a África. As primeiras plantações africanas foram feitas por volta de 1855, nas ilhas de São Tomé e Príncipe, colônias portuguesas ao largo da costa ocidental africana. Oficialmente, o cultivo do cacau começou no Brasil em 1679, através da Carta Régia que autorizava, os colonizadores a plantá-lo em suas terras. Várias tentativas feitas no Pará para concretizar essa diretriz fracassaram principalmente por causa da pobreza dos solos daquela região. Apesar disso por volta de 1780, o Pará produzia mais de 100 arrobas de cacau. O cultivo, entretanto, não se estabeleceu naquele tempo e permaneceu uma simples atividade extrativa até anos recentes.
Riqueza Gerando Divisas
Em 1746 Antônio Dias Ribeiro, da Bahia, recebeu algumas sementes do grupo Amelonado – Forastero de um colonizador francês, Luiz Frederico Warneau, do Pará, e introduziu o cultivo na Bahia. O primeiro plantio nesse estado foi feito na fazenda Cubículo, às margens do rio Pardo, no atual Município de Canavieiras. Em 1752 foram feitos plantios no Município de Ilhéus. O cacau se adaptou bem ao clima e solo do Sul da Bahia, região que produzia 95% do cacau brasileiro, ficando o Espírito Santo com 3,5% e a Amazônia em 1,5%.O Brasil era o 5° produtor de cacau do mundo, ao lado da Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Camarões. Em 1979/80, a produção brasileira de cacau ultrapassou as 310 mil toneladas. Cerca de 90% de todo o cacau brasileiro é exportado, gerando divisas para o país. No período de 1975 a 1980, o cacau gerou 3 bilhões 618 milhões de dólares.
VISITA A ITAPITANGA – MINHA TERRA NATAL
(História escrita por Zé Leal)