
PROFESSOR GILSON MOREIRA, EX-VEREADOR E ATUAL DIRETOR DO CENTRO EDUCACIONAL DE COARACI.
Material cedido por Jorge Rocha
Começou a jogar futebol no campo da Fazenda Cachoeira Bonito, na entrada da cidade de Coaraci, depois nos Gualberto onde tinha um campo. (No tempo em que Coaraci tinha campos). Hoje a dificuldade é terrível. Faltam campos de futebol! Comecei a jogar futebol de salão na quadra do Colégio Municipal de Coaraci. Foi lá onde nasceu o esporte de quadra em nossa cidade. Tinha basquete, voleibol e tinha futebol de salão. Eu apenas observava. Eu era criança, naquele tempo, era um rapazinho. Nos intervalos, a gente jogava com tampinhas de garrafas. É verdade! Logo após foi criado o Clube dos Bancários, foi quando eu comecei minha vida de atleta do futebol, melhor dizendo, não fui atleta, fui um jogador de futebol de salão. Que é diferente de ser atleta, pois atleta é aquele que se cuida. Eu era um jogador de futebol. Ou seja, eu não ligava muito para o preparo físico, mas dizem que eu jogava futsal muito bem. Era não era um artista da bola, o artista da bola era chamado de Catulo que hoje é médico em Jacobina. Eu era um cara que decidia uma partida. Driblava bem, mas não tinha a perfeição de um drible que Catulo tinha. Catulo, inclusive, é meu irmão e chegou a jogar na seleção baiana de Futebol de Salão, também jogou no Vitória da Bahia. Jogamos aqui no campo do estudante, onde ganhamos muitos títulos.
Na seleção de Coaraci de Futebol de Salão, nós nunca perdemos para ninguém. Na época tinham também Toinho Barbosa, Vanderlei Farias, Josemar Gualberto e o maior goleiro que conheci chamado Massa Bruta (Eduardo Barbosa), irmão de Toinho Barbosa. Massa Bruta sabia defender e distribuir a bola numa grande perfeição.
Eu vesti a camisa da seleção da minha cidade, e juntos com meus companheiros nos entregávamos de corpo e alma. Eu, Toinho, Catulo, Vanderlei, Josemar, Massa Bruta, Zé Leal e outros tantos nunca perdemos uma partida de futebol. Parece até mentira. O pessoal daquela época pode confirmar: A seleção de futsal de Coaraci reinava soberana na nossa região. Conquistamos muitos títulos.
O meu time do coração era o FIVE BLUE, no qual joguei algumas partidas. Era um time como o América do Rio de Janeiro, porém não consegui ganhar nenhum título jogando pelo Five Blue. Ninguém fazia preparo físico, mas havia treinamento. O técnico era chamado de Pão. Zelito era o nosso orientador não apenas no campo ou na quadra, mas na vida social também. Eles nos davam orientação física. Eram firmes, rigorosos. Eles também fiscalizavam a nossa vida escolar. A disciplina era algo fundamental para a participação no futebol de salão de Coaraci.
Hoje, é diferente. O mundo mudou muito e deixei de ir ao futebol. Não vejo amadorismo hoje; não vejo amor pelo time. Vejo interesse financeiro não só dos jogadores, como também dos dirigentes, inclusive, não tenho nada contra o intermunicipal.
Fui vereador por três mandatos, participei, fiz uma campanha, investiguei e descobri que a prefeitura gasta demais com jogadores de fora. Traz os jogadores e os daqui ficam sempre em segundo plano e muitos daqui jogam igual ou melhor. É feito um campeonato de bairros e não aproveitam os jogadores que se destacam para que possam jogar pela seleção de Coaraci. Garanto que esses jogadores não custam caro, e vão jogar com mais amor.
Sou favorável a um campeonato municipal como tinha tempos atrás, tendo o interbairros como intermediário. Não custa caro.
Enfim, todos os títulos que ganhei foram importantes, porém o mais marcante foi o primeiro, porque o Santos tinha uma equipe fantástica, ganhava tudo. Então “Seu” João Cardoso fundou o Botafogo. No primeiro ano, a menor goleada que tomamos foi de cinco a zero. No segundo ano, arrebatamos o título do Santos. Fiz dois gols, que foram os gols da vitória. Esses campeonatos eram realizados no espaço da Igreja Católica, “Clube dos Bancários”, onde hoje é chamado de Centro Comunitário Santa Bernadete. Era um clube e construíram uma quadra, e todo futebol de salão, esportes em geral, também eram disputados no Clube dos Bancários.
Minhas considerações finais são para dizer que as regras mudaram muito. É um absurdo o atleta chegar de frente para o goleiro e dar chute violento..
Aproveito para deixar uma mensagem para os jovens de hoje para que pratiquem esportes e estudem, porque só temos uma saída. O estudo e o esporte, juntos, mudam a vida de qualquer pessoa, posso garantir desde que essa pessoa se determine a ser um atleta do futuro.
EVANDRO LIMA UM COARACIENSE DE VALOR.
Autor dos livros Gratidão a Colatina e Melhores Momentos de um Repórter possui experiência multimídia. Esteve em redações de jornais, sites e rádio. Atua em diversos portais de notícias da Bahia, como A Gazeta Bahia e Teixeira News, além de ser repórter da rádio Ativa FM. Nascido na cidade de Coaraci (BA), em 16 de setembro de 1956, Evandro Lima se formou técnico em contabilidade pelo Colégio Comercial Sebastião Nunes Viana - Coaraci/BA, em 1976. Antes de ingressar na profissão de jornalista exerceu a função de professor e foi funcionário do Banco do Brasil, em Coaraci. O pontapé inicial na comunicação se deu em 1981, quando passou a colaborar do jornal A Tarde, de Salvador (BA), onde posteriormente se tornou repórter e chefe da sucursal de Itamaraju (BA), onde morou e foi responsável pela cobertura de toda região do extremo sul do estado. Permaneceu na atividade até 1994. Após mudar-se para Colatina (ES), acumulou passagem pelas rádios Nova Onda FM, de Baixo Guando (ES), e 98 FM, de Colatina, além de ter contribuído com os jornais A Gazeta de Vitória e A Tribuna do Cricaré. De volta à Bahia, atuou nos jornais Extremo Sul e Alerta de Teixeira de Freitas. Também foi assessor de imprensa da Prefeitura da Cidade de Itapatinga, entre 2001 e 2003, quando migrou para a Prefeitura de Jurucuçu. Saiu de Coaraci e mudou-se para Eunápolis, onde desde 2006 integra a equipe da Prefeitura da Cidade como assessor de comunicação. Evandro é repórter em diversos e importantes veículos de imprensa da região, como os portais Teixeira News, Águia News, O Xarope, A Gazeta Bahia e a rádio Ativa FM. Dentre as coberturas que realizou quando responsável pelo Extremo Sul da Bahia, destaca as entrevistas realizadas com autoridades políticas, como governadores, senadores e até presidenciáveis, como no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É autor dos livros Gratidão a Colatina, de 1995, e Melhores Momentos de um Repórter, pela editora Jotanesi, de 1990. Evandro nos enviou para publicar uma perspectiva atual da região do extremo Sul da Bahia, que é formada por vinte e um municípios. Hoje é uma próspera região do Estado dividida em território do Descobrimento e do Extremo Sul, encabeçada pela Cidade de Teixeira de Freitas. As estradas BR-101 e BR-367 e o aeroporto internacional de Porto Seguro com voos para todos os estados brasileiros e vários países do mundo possibilitaram a instalação de grandes empresas que se instalaram nas localidades de Eunápolis, Porto Seguro e Teixeira de Freitas, com destaque também para as indústrias de álcool e açúcar que se implantaram nas cidades de Ibirapuã e Lajedão, na divisa com o estado de Minas Gerais, dentro dos mais modernos padrões da atualidade. O Centro Comercial é bastante concorrido com supermercados de médio e grande porte e também de sistema de Atacadão do Grupo Carrefour (Eunápolis), Shopping Center com cinemas em Teixeira de Freitas, Casas Bahia abrindo suas portas em Eunápolis e Porto Seguro, Lojas Americanas e Bobs em Eunápolis e Teixeira de Freitas. A região é bem forte no que diz respeito ao lazer e turismo, a começar pela cidade de Porto Seguro que oferece o que há de melhor para o conforto do visitante, estando inclusive se preparando para ser um dos centros de treinamentos das seleções que estarão disputando a Copa do Mundo de 2014. A região do Extremo Sul da Bahia possui hoje diversas Faculdades que oferecem vários cursos superiores, tanto particulares como estaduais e federais, como é o caso da UNEB – Universidade do Estado da Bahia que possui Campus em Eunápolis e Teixeira de Freitas e o IFBA – Instituto Federal da Bahia, antigo CEFET que possui Campus em Eunápolis, Porto Seguro e Teixeira de Freitas, onde os acadêmicos podem escolher graduações em Análise de Sistema, Matemática e cursos técnicos em Enfermagem e Informática. P/Jornalista Evandro Lima – 0345/95.
BATE PAPO COM O SR. RAIMUNDO BENEVIDES
De: PauloSNSantana
É muito bom bater um papo com o Sr. Raimundo Benevides, ou simplesmente escutá-lo falar, contar histórias fabulosas desta terra. O homem é uma memória especial, sabe tudo sobre os acontecimentos históricos de Coaraci. Conhece como ninguém as personalidades históricas que aqui viveram e seus feitos determinantes na evolução de Coaraci. Sempre que conversamos ele se lembra de Diógenes Mascarenhas de Almeida, de quem fala muito bem; Um homem determinado a trabalhar pela educação no distrito, depois município. Foi esse homem que fundou o primeiro ginásio em Coaraci. Sr. Diógenes, construiu ele mesmo o Ginásio de Coaraci, na Praça Getúlio Vargas. No primeiro andar, onde hoje funciona um Consultório Dentário. Lembra também com muito respeito e admiração de Peri Lima. Um homem que afixava as contas da prefeitura no Bar, onde hoje está a Farmácia Genérica. Seu Raimundo conta que boa parte dos recursos empregados na obra de construção da ponte, Peri, consegui pedindo, ali mesmo na praça, a fazendeiros da região que prontamente o atendiam. Sr. Raimundo fica bravo, quando fala de ingratidão na terra do sol, acha que deveriam ter mais respeito por esses homens. Disse que o nome da Rua Peri Lima ele conseguiu solicitando do Prefeito Gildarte Galvão. Mas tem muito mais, nos próximos exemplares deste Caderno Cultural, vamos publicar histórias verídicas e muito interessantes do Sr. Raimundo Benevides.
ZACARIAS BONINA
Fonte Livro Coaraci Ultimo Sopro
De Enock Dias
Zacarias Bonina chegou à região da região do Rio do Braço, mais precisamente nos Barbosa vindo dos lados do estado de Alagoas. De início, mesmo adolescente, fez de tudo nas casas onde morou, até que, como diversas outras pessoas, tentou afastar-se das conturbadas terras de Ilhéus, subindo o rio Almada, e atingindo as nascentes do ribeirão Duas Barras, onde adquiriu uma pequena reserva de mata nativa, onde deu inicio à sua pequena roça. Os pés de cacau iam surgindo à medida que a mata ia sendo derrubada, através de um grande e penoso sacrifício da força de seus braços. Por pouco não teve seu trabalho interrompido pelo chefe de jagunço Manuel Moreno que planejou tirar-lhe a vida e apossar-se de sua terra, já produzindo algumas arrobas de cacau. Era seu costume aproximar-se das pessoas, pedir-lhes água, e alvejá-las pelas costas. Dessa vez, Manoel sentiu-se sem força e coragem, balbuciando para seu companheiro de crime: - vamos deixar esse infeliz viver!
Zacarias fora então aconselhado por conhecidos e vizinhos a retornar nos Babosa e pedir proteção ao coronel Basílio de Oliveira, para quem já havia realizado alguns trabalhos de carpintaria e marcenaria. De posse dessa carta, pode Zacarias garantir sua integridade física e desenvolver com segurança sua roça de cacau. Teve os filhos: Julieta, Lourdes, Alice, Arlindo, o Nozinho; Astor e Zacarias Filho, o Nono, de seu casamento com Dona Lúcia Bonina. Símbolo maior de dignidade e honradez. Foi um dos mais profundos conhecedores de todos os segredos e mistérios de uma fazenda.
UM CONTADOR DE HISTÓRIAS.
WALMIR NEGRÃO
Texto de PauloSNSantana
Porque é que a vaca corre mais que o boi?
Coaraci é rica em personagens, figuras carimbadas, folclóricas e bastante interessantes, que vem transmitindo a cultura ao longo desses sessenta e tantos anos de emancipação politica.
O Sr. Valmir Negrão, como é conhecido é com certeza uma delas, folclórico um gênero da terra do sol. Valmir Negrão nasceu em Pirangi, hoje conhecido como Itajuípe. Ha muitos anos mora em Coaraci, mas seus familiares são de Valença. O nome do nosso amigo é Walmir Soares Pereira. Mas toda a sua família tem o sobrenome Negrão, herdado do Pai. Já ouvi muitas histórias engraçadas e hilárias sobre o Sr. Valmir Negrão. Semana passada encontrei com ele em plena Praça Pio XII, e conversamos por exatos 8m51s, tempo suficiente para dar boas gargalhadas e aprender um pouco da história desse Ita-coaraciense. Uma mistura de Itajuipense e Coaraciense. Valmir me contou que era um excelente árbitro de futebol, destemido, fazia valer as regras do futebol. Perguntei se ele já havia marcado algum jogo de futebol portando uma arma de foto, como muitos afirmam? Ele então arguiu:- Porque a vaca corre mais que o boi? Fiquei procurando uma resposta, como não consegui responder, ele saiu com a seguinte explicação:
-A diferença é que o boi tem dois culhões, enquanto a vaca nenhum. E arrematou, dizendo que como o boi correria igual à vaca carregando aquela bagagem entre as pernas. E finalizou, perguntando:
-Como um juiz correria carregando uma arma na cintura ou entre as pernas? Disse que isso era invenção de gente sem o que fazer. Valmir me contou que quando marcava um jogo, o campo de futebol, que era cercado na época por cordas, ficava lotado de torcedores que admiravam seu estilo, por que era um juiz duro e honesto.
Continuou dizendo que se o jogador armasse confusão, fosse violento ou indisciplinado, ele chamava atenção e da próxima vez expulsava. Que chamava o vagabundo, assim: - Ei vagabundo, venha cá!
- Escolha um lado do campo!
- E quando o lado era escolhido mandava sair por ele;
Que não adiantava pedir, para não passar vergonha na frente da namorada. Que ele mandava o indisciplinado, pegar a namorada e levar para casa. Que se não quisesse passar vergonha, não agisse daquela maneira.
Walmir afirmou que ainda hoje se for convidado, marca qualquer jogo, e sem cobrar nada, só amor e amizade, só para mostrar como se deve conduzir honestamente uma partida de futebol. Disse também que já jogou futebol no time do saudoso Alberto Aziz.
Certa feita ouvi uma história sobre Walmir muito engraçada:
-Me disseram que ele era um jogador duro na queda, tinha um excelente preparo físico e um chute muito forte, e que quando batia um pênalti, geralmente os goleiros tremiam.
Que em uma partida de futebol, com muita chuva e ventos fortíssimos, com muita lama e uniformes molhados, só os meiões pesavam quase um quilo cada, e perto de acabar o jogo, que estava sem gols, aconteceu um escanteio, e que ele mesmo foi cobrar, pois tinha uma estratégia para resolver jogo:
-Disse que estava contra uma fortíssima ventania, então quando o juiz autorizou a cobrança, chutou a bola contra vento com toda força, de modos que a mesma subiu uns vinte metros, dando tempo a ele correr para a grande área e ainda fazer um gol de cabeça. Acredite se quiser. Que foi uma festa, pois ninguém jamais esperaria tal façanha. Em outra oportunidade convidei Sr. Valmir para marcar um jogo no campinho do CSU.
Um Domingo que começou chuvoso e que, mas tarde ficaria ensolarado e quente. Valmir chegou na hora, vestido a caráter, uma bermuda feita de calça social e uma camisa social mangas curtas e muita disposição, para arbitrar o jogo entre a equipe do Dominó e a Portuguesa. A torcida lotou as arquibancadas, todos estavam ansiosos para ver os craques da bola e assistir a arbitragem daquele Juiz. O jogo começou, nervosamente, e as equipes estavam completas. A equipe do Dominó trazia craques com o zagueiro Expedito, e Tonho de Bruno, era uma equipe forte e tensa. O jogo transcorria normalmente. Mas Valmir esforçava-se para que a partida continuasse assim. Em um momento de tensão, Tonho de Bruno chutou a bola violentamente para fora do campo e do CSU. Imediatamente o juiz chamou sua atenção:
-Chamou o jogador, rispidamente:
-Venha cá, venha cá, agora! -Você esta pensando o que?
-Vá buscar a bola agora, ou vou lhe expulsar do jogo! Tonho meio sem graça, para não ser expulso, saiu de campo e foi buscar a bola; Com isso o clima ficou tenso. Mas Valmir continuava bravo. Lá pelas tantas o jogador Expedito, muito nervoso reclamava de tudo, e irritava perigosamente o juiz, que o ameaçou de expulsão. Mas Expedito não intimidou-se e continuou reclamando, até que Valmir, gritou:
-Ei rapaz venha cá! Venha cá!
-Expedito relutou bastante, mas foi chegando perto do juiz que exclamou:
-Aqui não é lugar de jogador indisciplinado não!
-Escolha um lado do campo!
-Expedito ficou sem entender nada!
-O juiz repetiu, escolha um lado!
-Expedito finalmente escolheu a lateral, o então Valmir gritou:
-Saia por ele, você este expulso!
Foi um Deus nos acuda, e eu tive que ouvir poucas e boas das equipes e principalmente do jogador expulso, e inconformado; Mas que saiu do campo como ordenou o juiz.
Valmir conta que certa feita o jogador Catulo, um craque do futebol, cometeu indisciplina e ele chamou atenção na primeira na segunda expulsou. Que o Sr. Alberto Aziz veio reclamar, e então ele disse o seguinte: Psiu...e perguntou se ele era o treinador ou juiz e ofereceu o apito. E disse que não se intimidava por causa de filho de rico, não. E arrematou: Se é futebol é futebol, se é respeito é respeito.
Ele disse que Tostão foi um dos melhores jogadores de Coaraci. Que em uma oportunidade, tostão foi bater um escanteio, e a bola fez uma curva e ele tostão foi lá, fez que ia não foi e fez o gol no angulo esquerdo da trave. E que ele fez questão de abraçar o jogador e dar os parabéns. Sr. Valmir para um pouco e lembra-se de um jogo em Jequié. Saíram daqui em um pau de arara. Quando chegaram lá foi aquela recepção, parecia até um time do Rio de Janeiro. Que ele era o jogador mais alto da equipe, então colocaram nele o apelido de Cavalo da Espanha. Mas que ele não ligou. Seguraram o jogo, seguraram o jogo e lá pelas tantas ele disse a Caboclinho, que hoje ainda mora no alto da Igreja, segura o Ralf aí que eu vou fazer um gol. Estava muito difícil, pois o time adversário era veloz. Faltando uns dez ou doze minutos cruzaram um bola no canto esquerdo da pequena área, que ele então, matou no peito, soltou no chão e arrematou para o gol, um belíssimo gol. Que a essa altura o goleiro adversário, com 2 metros de altura e hum metro e meio de largura, partiu para cima dele correndo, que ele então correu para trás do juiz, e que o goleiro gritou: - Não se assuste não quero só te dar um abraço pelo lindo gol que você fez. E concluiu dizendo: - Gostei de ver macho. Gostei de ver você jogar. Fiquei satisfeito você trabalhou até fazer o gol. Que na volta quando chegaram a Joaquim Moreira, haviam duas filarmônicas e aproximadamente três mil pessoas esperando o time...