
JOAQUIM ALMEIDA TORQUATO
’’O politico’’
O destino foi cumprido
“na pureza da infância, a certeza de que um dia seria prefeito”
Sentado na calçada em frente à antiga Prefeitura Municipal de Coaraci, um menino de oito anos de idade orientava os funcionários que executavam o serviço de limpeza pública, atraindo a atenção dos transeuntes pela firmeza com que falava:
“Quando eu for prefeito, vocês vão limpar tudo direito”. Naquela época, o pequeno “Quincas”, como ainda hoje é chamado pelos familiares e amigos de infância não tinha noção de que estava prevendo o seu próprio destino e muito menos de que se manteria firme no propósito de “limpar a cidade” como dizia quando menino.
Aos dezenove anos já era vereador, defendendo os interesses dos conterrâneos. Foi esse desempenho que lhe assegurou a reeleição por mais de três legislaturas e durante todo esse tempo sua preocupação era uma só: O desenvolvimento de Coaraci.
Foi em 1966 que Joaquim Torquato decidiu disputar as eleições que o apontariam como o novo prefeito da cidade. Com o respaldo popular adquirido ao longo de quatro legislaturas na Câmara Municipal, ele não teve qualquer receio em representar um partido de oposição (Movimento Democrático Brasileiro), o MDB, contra três candidatos da Arena, Aliança Renovador Nacional: Venceu com 1.000 votos a mais que o candidato mais votado da Arena, Gilberto Lyrio, que para sua surpresa veio a ser o prefeito de fato.
As comemorações duraram pouco tempo. Já proclamado pelo Juiz, estava preparando-se para ser diplomado quando, segundo consta nos anais da história, o então Presidente Castelo Branco, baixou um decreto determinando que fossem somados os votos dos três candidatos da Arena. A diferença foi de apenas 100 votos de um total de pouco mais de cinco mil eleitores e Gilberto Lyrio assumiu a Prefeitura.Com aval da população, quatro anos depois Torquato decidiu retornar a briga e desta vez foi para valer. Ele voltou a se candidatar, numa campanha “quente, mas bonita”.
Era como se o povo quisesse fazer justiça, se vingar do ocorrido em 66. Era 1970 Joaquim teve que enfrentar três candidatos, numa disputa acirrada, que lhe proporcionou a vitória com uma diferença de 400 votos. A previsão era de que seu Governo durasse quatro anos, mas o prazo foi reduzido. Apesar da vitória, mais uma vez ele teria sido prejudicado, afinal, eram apenas dois anos de mandato, tempo insuficiente para executar seus projetos sociais no município. Além disso, Coaraci era um município de pequeno porte e o governo municipal era oposição ao governo estadual, na gestão de Antônio Carlos Magalhães o que tornou muito mais difícil a sua administração. Mesmo assim fez um bom governo. Na época ate a cota de ICM foi reduzida, medida que trouxe reflexos negativos para o município, que embora tivesse mais de 40 mil habitantes, recebia apenas 44 milhões de ICM. A falta de apoio por parte do Estado prejudicou o município. No entanto, não impediu que em apenas dois anos Torquato deixasse a sua marca e a cidade de Coaraci se desenvolvesse.
O sucessor de Joaquim foi Antônio Ribeiro Santiago, mesmo sendo da Arena, obteve pouco apoio do Governo Estadual.
Em 1982 Joaquim Torquato volta mais uma vez ao poder.
Ele assumiu em 1983, foi difícil, mas a situação normalizou-se, com alguns atos e decretos administrativos. Nos cinco anos de governo revelou-se um dos melhores prefeitos, entre os que já haviam governado a Terra do Sol, e realizou um grande numero de obras em todas as áreas. Administrou com poucos recursos, mas obedeceu a um plano de prioridades. Fez saneamento básico, voltou-se para a educação, a saúde a cultura os esportes e a assistência social. Tudo feito com recursos próprios, até que o Estado passou encaminhar alguns recursos na gestão relâmpago de Waldir Pires.
Coaraci cresceu, novos bairros surgiram e mais uma vez o Prefeito Joaquim Almeida Torquato trabalhou muito.
12 DE DEZEMBRO DE 1972
No dia 12 de Dezembro de 1972 a seleção de futebol de Coaraci enfrentou em jogo amistoso a forte equipe do Itabuna, foi uma partida disputada entre jogadores de alto nível técnico.
Os torcedores lotaram o campo de futebol que naquela época ainda não era o Estádio Barbosão.
Coaraci possuía uma seleção de excelentes jogadores, respeitados em toda a região cacaueira.
Por outro lado a equipe do Itabuna Esporte Clube estava habituada a grandes jogos e seu plantel era fantástico. Resumindo:
A Seleção de Futebol de Coaraci venceu o jogo por 5 X 3 com a seguinte equipe:
De pé: Jackson, Massa Bruta, Borginho, Hamilton Quebra Banca, Jorge Bode Rouco, Nêgo Mita, Josemar e Zé Donato.
Agachados: Luis de Deus, Milton Satanás, Zé do Indio, Toinho, Nilo, Detinho e Nêgo Rose.
Joaquim Almeida Torquato
UM COARACIENSE DE VERDADE!
Infelizmente soubemos que Joaquim Almeida Torquato foi mais uma vez hospitalizado para tratamento de saúde. Os coaracienses oram pelo seu restabelecimento.
O Ex-Prefeito Joaquim Almeida Torquato é um dos homens mais importantes na História Politica de Coaraci.
Contam os mais antigos que desde jovem já trazia consigo o desejo de contribuir para o bem estar de sua comunidade. Tornou-se vereador ainda jovem, foi varias vezes prefeito, e durante as suas administrações proporcionou o desenvolvimento da sua cidade.
Joaquim Almeida Torquato é um homem honrado, honesto e probo. Sistemático, sempre foi exigente com os funcionários municipais de quem cobrava dedicação e assiduidade. Ele serve de exemplo para aqueles que por ventura queiram candidatar-se a um cargo eletivo público.
Entrou na politica por opção e aposentou-se contragosto. Joaquim Almeida Torquato indicou e elegeu alguns prefeitos em Coaraci, estes fatos só acontecem com políticos sérios que com a força de seu nome podem influenciar no voto popular.
Em uma época na qual testemunhamos escândalos no meio politico brasileiro causados por desonestidade e corrupção, ele quando prefeito preocupou-se em cuidar do seu povo, de sua gente, com transparência e responsabilidade. Acho que este relato é justo porque os coaracienses aprenderam a respeitá-lo e admirá-lo em virtude de sua competência administrativa, envolvimento, dedicação e zelo pela coisa pública.
Hoje quando o Brasil se vê às voltas com escândalos e quando necessita de políticos sérios, se Joaquim Almeida Torquato estivesse em perfeita forma física e orgânica, estaria lutando para retornar à Prefeitura Municipal de Coaraci, e fazer valer os anseios de sua comunidade.
PauloSNSantana
ANTONIO LIMA
COARACI DOS ANOS 76 à 82
Texto adaptado por PauloSNSantana
Fonte: Sec. Obras PMC-Anos 70
Progressos durante Governo Antônio Lima Oliveira
A extensão territorial na época era de 261 km2. A população na sede e nos distritos era de 35.000 habitantes. O clima ameno, quente e seco no verão, frio e úmido no inverno, com temperatura média de vinte e quatro graus.
O Rio Almada banhava a Cidade de Coaraci, com suas águas límpidas e renovadas pelas chuvas constantes .
A principal atividade econômica era a cultura do cacau, com uma produção anual de 125.000 sacas. Mas havia outras culturas como cana de açúcar, milho, feijão, mandioca e frutas. Possuía uma desenvolvida pecuária, constituindo-se na segunda economia do município, com cerca de 7.000 cabeças.
Na sede do município existiam três clubes recreativos: Associação Cultural de Coaraci, Associação Cultural dos Bancários de Coaraci e Associação Atlética do Banco do Brasil, um cineteatro, uma liga de futebol, oitenta classes de ensino do primeiro grau do nível um, três colégios do ensino de primeiro grau, níveis dois e três e os Colégios de Coaraci, Educandário Pestalozzi e o Centro Educacional de Coaraci, todos do segundo grau. Os Bancos do Brasil e do Bradesco mantinha suas agencias no comercio local. A cidade já possuía o Hospital Santa Casa de Misericórdia de Coaraci e a Fundação SESP.
A Prefeitura Municipal de Coaraci mantinha, o Centro Educacional de Coaraci, CEC, que era um colégio de I e II graus, onde foram criados os cursos de magistério e secretariado, dando oportunidade aos alunos de baixa renda para continuarem seus estudos gratuitamente. O CEC contava com seiscentos alunos matriculados.
A rede de ensino municipal possuía dez escolas na sede, algumas funcionavam em três turnos, satisfazendo a mais de mil e setecentos alunos da 1ª. à 4ª. series.
Nos distritos e na zona rural foram mantidas treze unidades, funcionando e satisfazendo a setecentos e quinze alunos da 1ª. à 4ª. series, com professores diplomados. Foi criada uma nova estrutura administrativa, um novo serviço de Educação e Cultura, o SEREC, que respondia por toda a coordenação do ensino municipal, inclusive merenda escolar e MOBRAL, contando com dez funcionários, habilitados para executar todas as funções.
O município mantinha cento e um professores de primeiro grau da 1ª.à 4ª. séries, e vinte professores do segundo grau em quase sua totalidade de nível superior.
Foram construídos o Prédio Escolar Deputado Leur Lomanto, com duas salas de aula, no distrito de Itamotinga, o prédio escolar Marcos Ribeiro do Sacramento, com duas salas de aula, na Ruinha dos Três Braços.
Foi construída a quadra de esportes Dr. Israel Mendonça, pertencente ao Centro Educacional de Coaraci.
Foram concluídos os prédios escolares, Gildarte Galvão Nascimento, com três salas de aula, localizado na rua Castro Alves na cidade e o grupo escolar Jerônimo Jasmineiro, na Lagoa.
Foi executada uma reforma geral e construção do muro de arrimo do grupo escolar Paulo Américo, e no grupo escolar João Mendes da Costa, no distrito de Itamotinga.
Para melhor atendimento ao público, foram adquiridas duas ambulâncias e melhorados os postos médicos existentes, alguns dotados com um novo e moderno equipamento odontológico.
Naquela época havia um posto médico dotado com equipamento odontológico na cidade e outro no distrito de São Roque. Existiam também postos médicos em Itamotinga, e na Ruinha dos Três Braços.
Os postos médicos eram atendidos por dois médicos e um dentista.
Distribuiu-se alimentos a setecentos e cinquenta famílias de baixa renda na sede do município, em convênio com o PONAS, e foram distribuídos alimentos à população de baixa renda nos distritos, em convênio com o PRODECOR, além de fornecidos medicamentos a população de baixa renda da sede e dos distritos. Havia condução de doentes para hospitais de Ilhéus, Itabuna e Salvador, em duas ambulâncias que estavam a disposição vinte quatro horas diariamente.
SANEAMENTO BÁSICO
Foram construídos doze mil e seiscentos e noventa e nove metros lineares de redes de esgotamento sanitário, nas ruas, Alto da Colina, Rua Humberto de Campos, Av. Itapitanga, Elias Leal, Santa Helena, Silvério de Assunção, Castro Alves, Maria Quitéria, Santa Carolina, Riachuelo, Afrânio Peixoto, Juracy Magalhães, São João, Santa Terezinha, 15 de Novembro, São Sebastião, Landulfo Alves, São José, José Evangelista de Farias, 1º. de Janeiro, Av. São Pedro, Rua Pio XII, Trav. Castro Alves, 1º. de Maio, Rua da Olaria, São Paulo, Marechal Dutra, Fernando M. Góis, Campo Grande, Marechal Deodoro da Fonseca, Pedro Alves Cabral, Santa Madalena, D. Eduardo, Rua Nova, Ruy Barbosa, Antônio Sacramento, Almirante Tamandaré, Princesa Isabel, Distrito de São Roque, Itamotinga e nos Distritos.
PAVIMENTAÇÃO
Foram construídos oitenta e quatro mil, seiscentos e dezoito metros quadrados de pavimentação e paralelepípedos, na Avenida São Pedro, Avenida Juracy Magalhães, Largo da Feirinha, Avenida Itapitanga, Santa Carolina, Landulfo Alves, Rua Nossa Senhora de Fátima, Humberto de Campos, 1º. de Janeiro, Travessa Santa Isabel, Rua Riachuelo, Travessa São Pedro, Avenida Almerinda C. Santos, Rua Maria Quitéria, Travessa Armando Andrade, Rua 15 de Novembro, Elias Leal, Rua Itajuípe, São Judas Tadeu, Sete de Setembro, Afrânio Peixoto, Pio XII, Santa Helena, Avenida Antônio Carlos Magalhães, Avenida Rotary, Rua Clarêncio Baracho, J.J. SEABRA, Duque de Caxias, Rua Vasco da Gama, Santa Helena, Rua D. Eduardo, Rua Nova, Francisco Andrade, Travessa Itajuípe, Rua da Olaria, Rua Dr. João Batista Del Rey, Castro Alves, Travessa São João, Santo Antônio, Santa Terezinha, São João, Jardim Cajueiro, Travessa São Raimundo e São Francisco e nos distritos. Foi construída a monumental Praça Pio XII, com três planos e com três mil e oitenta metros quadrados de área construída e ajardinada, com iluminação periférica. Foi construído o calçadão da Rua Ruy Barbosa com mil e noventa e oito metros quadrados de piso em excrete, todo ajardinado, com modernos postes de iluminação. Foi construída a garagem municipal com oitocentos metros quadrados, e reconstruído o mercado municipal, construído o muro do estádio municipal e adquirido o material para drenagem do piso do campo e construção das dependências.
Foi construído o campo de futebol do distrito de Itamotinga, a casa que recebeu toda a aparelhagem de TV, e a torre com as novas antenas. Foi construído o posto do PS da Telebahia, DDD e DDI. Foram concertados e pintados todos os prédios escolares municipais e estaduais.
A cadeia publica, e o fórum Luiz Viana Filho foram reformados, construído um necrotério e recuperado o muro do Campo Santo Municipal. Criou-se o posto do RETRAN, e foi adquirido o Centro Social Urbano.
RODOVIAS
As rodovias Coaraci – Lagoa, foram recuperadas totalmente, a rodovia Coaraci – Itamotinga e São Roque - Ibicaraí, no trecho pertencente a Coaraci, recuperadas parcialmente
EQUIPAMENTO MECÂNICO E RODOVIÁRIO
Foram adquiridos três caminhões caçamba, um coletor de lixo compactador, um pick-up Ford F-75, um veículo Chevrolet tipo Comodoro, um trator, uma moto niveladora, uma pá enchedora, uma ambulância Chevrolet modelo 1977, uma ambulância doada pelo governo Baiano.
EXTENSÃO DE REDE HIDRÁULICA
As ruas São Paulo, Humberto de Campos, Landulfo Alves, São Sebastião, Santa Clara, Santa Efigênia, São Benedito, Apolo XII, Santa Madalena, Santa Luzia, Campo Santo, Marechal Deodoro, ruas de Itamotinga, São Roque e Ruinha dos Três Braços, foram beneficiadas com fornecimento de água.
Foi construído o cais de proteção do Rio Almada, e pavimentada a Avenida Almerinda de Carvalho Santos até à Rua Vasco da Gama.
Foram concluídas as obras do Estádio Barbosão, ampliadas as arquibancadas, construídas três cabines para transmissão de jogos, bar, sanitários masculinos e femininos, sombra, geral e piso drenado.
Foi reconstruída a Praça Presidente Vargas com ampliação da área verde e de circulação.
EXTENSÃO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA EM RUAS DA SEDE DO MUNICIPIO:
Foram ampliadas as redes de distribuição de energia elétrica em um total de mil cento e quarenta e três metros lineares, contemplando as ruas:
Landulfo Alves, Marechal Deodoro, Santa Efigênia, Rua do Campo Santo, Elias Leal, Rua Nova, Travessa Pio XII, Rua Castro Alves, Travessa Santo Antônio, Travessa São João, Travessa Santa Terezinha, Rua Professor Bernardino, Santa Helena, Santa Clara, São Miguel, Santa Catarina, Rua do Campo Santo, Duque de Caxias, Travessa São Pedro, Rua São Vicente, Travessa da Rua da Olaria.
E para os Distritos de Itamotinga, Lagoa e Ruinha dos Três Braços, através da COBER. Coaraci ficou um brinco!
Vinha com pressa e não viu uma pedra no caminho, deu uma tremenda topada! Gritou de dor, pulou pra cá e pra lá, esbravejou, xingou saiu gritando: - Hoooo! Aiii... Ainda bem que foi o pé! Se eu tivesse calçado seria o pobre do sapato, e tinha arrancado o solado inteiro!
Seguiu viajem resmungando...Quando chegou pra comprar o gás, Juvêncio perguntou a ele: -Como é o nome da cidade Tomé? Ele respondeu: -É Itacaré! Juvêncio corrigiu, mas ele continuou dizendo que o nome era mesmo Itacaré! Itacaré! Itacaré! Juvêncio deu-se por vencido, cobrou o cupom, e ele se foi com sua teimosia. Mas pouco tempo depois o povo da região já chamava a cidade pelo nome correto: Coaraci.
COMO ERA COARACI NOS ANOS 80
Texto adaptado por PauloSNSantana
O município de Coaraci na Zona Geoeconômica da região Cacaueira e ocupava uma área de 261 quilômetros quadrados. Possuía um clima quente e úmido, sem estação seca, com uma precipitação pluviométrica de 1.362mm anuais. A temperatura era amena, a máxima atingia 28ºC e a mínima ficava situada entre os 19ºC. O município tinha 23 mil habitantes na zona urbana e 12 mil na zona rural, totalizando uma população de 35 mil pessoas. A densidade demográfica era de 139 habitantes por quilômetro quadrado.
Coaraci município situado a 14º35´49´´ de longitude Oeste e limita-se ao Norte com Itapitanga, ao Sul com Ibicaraí, a Leste com Ibicuí e a Oeste com Itajuípe.
A cacauicultura era a principal atividade econômica do município e existiam na região 386 fazendas de cacau. Possui mais ou menos 3mil e 64 hectares de cacauais em desenvolvimento. Produzia 509 mil arrobas de cacau, A Segunda atividade econômica de Coaraci era pecuária bovina, com um rebanho de 5.921 cabeças, espalhadas por 6 mil 365 hectares das 242 fazendas existentes. Predominavam na região as raças mestiças para corte. O comércio era bastante desenvolvido e contribuiu decisivamente para expansão da economia do município. Existiam na cidade grande número de estabelecimentos comerciais, nove supermercados, duas feiras livres, quatro farmácias, um mercado municipal e algumas indústrias de pequeno porte. Duas agências bancárias: Bradesco e Banco do Brasil; eram responsáveis pela sustentação creditícia do município, com as suas aplicações voltadas principalmente para a agricultura, o comércio e a pecuária.
A rede municipal de ensino do primeiro grau dispunha de 22 escolas, ficando nove localizadas na zona urbana, com 1.605 alunos matriculados, e 13 na zona rural, com 560 alunos.
Para o segundo grau, apenas o CEC, Centro Educacional de Coaraci, matriculava alunos para o magistério, Contabilidade, Assistente de Administração e Secretariado. A rede Estadual de ensino era formada por quatro estabelecimentos escolares e contava com 1.181 alunos matriculados.
O poder Judiciário era exercido por um juiz de Direito e na Comarca havia um promotor e nove advogados. O município contava com 7 mil 983 eleitores e a Câmara Municipal, era composta por onze membros. A cidade possuía trinta ruas, um jardim e seis praças, por onde estavam distribuídas 5mil 807 casas. O tratamento e abastecimento de água eram feitos pela Embasa, existindo 2 mil 398 ligações hidráulicas. A Coelba era responsável pelo fornecimento de energia elétrica e cerca de 2 mil 573 casas estavam ligadas à rede de distribuição. Nas áreas de saúde e assistência, Coaraci contava com um hospital, um posto da Fundação Serviço Especial de Saúde Pública, um laboratório de análise clinicas e um posto de saúde. Oito médicos, três dentistas e dezesseis atendentes de enfermagem cuidavam da saúde da população. O município dispunha de um moderno serviço telefônico, que funcionava através dos sistemas DDD e DDI, a distancia e internacional respectivamente. Contava com uma agencia da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, uma repetidora de sinal de televisão e um jornal que circulava regularmente. A cidade era servida por duas empresas de ônibus que faziam a ligação com os municípios vizinhos e a capital do estado. A sede municipal está ligada à B-101 por uma estrada asfaltada, com 25 quilômetros de extensão. Existia uma Igreja Católica a Nossa Senhora de Lourdes e cinco igrejas protestantes, além de dois centros espíritas e vários terreiros de candomblé. Além das festas de Cosme e Damião, São João e Santo Antônio, as mais importantes são a da Padroeira Nossa Senhora de Lourdes e da Emancipação Politica 12 Dezembro.
Daí perguntamos ao leitor. Coaraci cresceu nos últimos 33 anos? O que poderia ter acontecido de melhor? O que caiu de qualidade?
Fonte: CEPLAC