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Popó - Sapateiro Pioneiro

 

Fazia sapatos com sola de pneu, desgraçadamente pesado, com  broxas, mas o povo do lugar  mandava fazer os sapatos mesmo assim.

 

LEONEL MATOS:

 - ARTISTA PLÁSTICO COARACIENSE

CONHECIDO MUNDIALMENTE É FILHO DE CAORACI

 

Leonel Mattos nasceu em Coaraci- BA. Iniciou sua carreira artística em 1971, realizou sua primeira individual em 1974, na Galeria ESAF - BA. Mudou-se para São Paulo, participou de vários salões oficiais por todo o Brasil, ganhou o “ll Prêmio Pirelli”, realizado no MASP - SP. Prêmio de Aquisição no Salão Chandon Arte e vinho, Paço das Artes - SP. Salão de Presidente Prudente - SP. Prêmio V Bienal do Recôncavo - São Felix - BA. Prêmio Brasken de Cultura e Arte - BA.

Foi convidado pelo MASP e pelo Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM, para representar a arte Brasileira em Paris. É um artista de intervenção urbana, na tentativa de democratizar a arte, fez vários Murais, intervenções efêmeras como Velório na Praça, Intervenção em Igreja, Árvore Mortas e em outros suportes.

Possui várias apresentações criticas sobre sua obra. Acesse o YouTube e busque Caixa Preta e Arte Comestível, dois vídeos do artista Leonel Mattos. O cineasta Tuna Espinheira realizou um curta sobre a obra de Leonel Mattos. A “24 Quadros por Segundo”, foi lançado na Jornada de Cinema Internacional da Bahia, foi premiado, como melhor produção. (www.youtube.com) Contato -071-99617470 - 71- 30121697 -www.leonelmattos@hotmail.com">www.leonelmattos@hotmail.com.

 

JOAQUIM MOREIRA

 

Joaquim Moreira foi companheiro de chapa de Joaquim Torquato nas eleições de 1970, postulando à Prefeitura de Coaraci, os adversários eram os mesmos que concorreram nas eleições de 1966, pela Arena:

Antônio Airton de Carvalho Santos conhecido por Tutu, Antônio Prado Costa o popular Antônio Guarda e Antônio Ribeiro Santiago nesta oportunidade substituía na chapa do Senhor Gilberto Lyrio, que estava no cargo de Prefeito Municipal de Coaraci.

Na época o eleitorado de Coaraci era de aproximadamente sete mil eleitores, somando os votos dos três adversários e os votos de Joaquim Moreira, Joaquim Torquato ainda obteve trezentos votos a mais, conseguindo portanto eleger-se mais uma vez Prefeito de Coaraci.

 

A construção da Passarela Peri Lima, foi um empreendimento do Prefeito Joaquim Torquato, substituindo a rudimentar ponte conhecida por Ponte Pau de Peri! A construção da passarela foi muito importante pois era o principal acesso ao Colégio de Coaraci. Ao fundo da obra pode-se avistar a esquerda a residência do saudoso Dantão Leal, um dos grandes cacauicultores da região cacaueira, e pai de Cleofano.

 

Um homem destemido e de decisões rápidas

 

Fonte: L. Coaraci U. Sopro

De Enock Dias Cerqueira

 

As portas da fazenda de Joaquim Moreira sempre estavam abertas especialmente nos domingos e feriados a quem quisesse participar das grandes prosas e dos  banquetes que realizava.

Joaquim Moreira sempre foi um homem destemido e decisões rápidas. Certa ocasião, ao chegar em sua fazenda, observou um policial militar que insistia em multar um motorista que honestamente angariava alguns cruzeiros, transportando pessoas num jipe com pouco conforto. Joaquim intercedeu em favor do motorista, alegando ser um conhecido seu e pai de cinco filhos. Diante da inflexibilidade do militar Joaquim não encontrou outro jeito se não tomar o talão de multas do policial, rasgar e jogar fora e pedir ao guarda que se retirasse imediatamente do local. No dia seguinte providenciou a sua transferência.

 

 

DOUTOR ÂNGELO BRITO

 

Fonte Augusto Brito

 

Texto adaptado por PauloSNSantana

 

Ângelo Carlos Almeida de Brito, nasceu em 18 de Maio de 1936, em Santo Antônio de Jesus e ali fez os estudos primários. Em seguida, mudou-se para Salvador com seus familiares onde concluiu seus estudos, ingressando na Faculdade de Medicina da Bahia, UFBA em 1957 diplomando-se em 1962. Em janeiro de 1963 chegou a Coaraci com mais dois colegas, mais apenas ele permaneceu aqui, exercendo a medicina nas especialidades de clinica geral, obstetrícia, e pediatria. Em 1963 Coaraci era uma cidade sem energia elétrica, sem água encanada, com péssimas estradas e ainda não possuía um hospital. Foi uma situação difícil e com poucos colegas médicos o doutor Ângelo atuou de modo a não deixar os seus pacientes, geralmente carentes, sem atendimento. Quantos partos a luz de candeeiro ele realizou com a maior boa vontade e competência! Casou-se com Vitória Coury em 1963, trazendo-a para a cidade. Vitória Coury foi companheira, colaboradora e incentivadora, e muito contribuiu para o sucesso profissional e pessoal do Dr. Ângelo.

 

Dr. Ângelo atendia seus pacientes em seu consultório médico na Rua Rui Barbosa. Ele trabalhou no posto médico da prefeitura municipal até quando foi nomeado médico do Estado da Bahia e lotado no município de Almadina onde passou a atender no turno vespertino. Naquela época o Hospital resumia-se a um ambulatório e uma fundação para as obras de construção que  foram iniciadas na gestão do Dr. Gilson e do Prefeito Antônio Ribeiro Santiago. Dr. Ângelo queria concluir as obras, um sonho que se tornou realidade graças à colaboração de Dr. Eldebrando Pires, Dr. Edgar Crusoé, Dr. Rubens Nascimento e Dr. Themistocles Azevedo mas além desses muitos foram os nomes de pessoas envolvidos naquele projeto. O obstinado Dr. Ângelo continuou exercendo a medicina com entusiasmo, retidão e solidariedade, atendia à população rural e urbana com o mesmo cuidado e dedicação.

A vida do Dr. Ângelo resumiu-se à medicina, à família, aos amigos e às viagens de férias, ele foi um medico que muito ajudou as pessoas a nascer e prolongou a vida de tantas outras. Doutor Ângelo como era conhecido faleceu subitamente em 29 de Agosto de 1987 em sua fazenda.

 

BIOGRAFIA DE JOSÉ BORGES DOS SANTOS

(fonte seu filho, Samuel Santos)

 

José Borges dos Santos, nasceu no dia 30 de junho de 1929, na cidade de Santo Antônio de Jesus-Ba. Aos dez anos de idade tornou-se chefe da família juntamente com a sua mãe, por ter perdido o seu pai que havia falecido. Aos doze anos, tornou-se aprendiz de sapateiro, seu mestre foi um dos melhores sapateiros da região. Com dezessete anos, no início de 1947, seguindo a atitude de inúmeros conterrâneos, entre eles seu primo Gentil Figueiredo de Souza, decidiu mudar-se para a região sul da Bahia, região próspera na época, em pleno desenvolvimento. Escolheu Coaraci. Assim que chegou na Terra do Sol, conseguiu emprego em uma sapataria e selaria do Senhor Gildarte Galvão do Nascimento, onde trabalhou até 1953.

Nesse mesmo ano organizou sua sapataria e casou-se com Magnete Costa Santos, conhecida por Nete, com quem conviveu harmoniosamente durante cinquenta e três anos, quando tiveram seis filhos: José Borges dos Santos Filho, Samuel, Carlos, Lígia (in memória), Lúcia e Lucy Costa Santos. Mais tarde transformou a sapataria em um comércio de venda de material para fabricar sapatos, sela, etc. Ele sabia que o ser humano necessitava de instrução, conhecimento, sabedoria, então começou a estudar no Ginásio de Coaraci. Em 1963, foi aprovado no curso de admissão ao ginasial no Colégio Educandário Pestalozzi. Em 1965, junto ao Sr. Walter, funcionário do FSESP, candidataram-se e foram eleitos presidente e tesoureiro respectivamente, do Grêmio Estudantil. O primeiro projeto foi a construção de uma quadra de esportes, o que conseguiram realizar com a ajuda dos alunos e da sociedade coaraciense. A quadra do Pestalozzi  foi inaugurada no final de 1966.

  No mesmo ano ele fez parte da equipe que daria continuidade à construção do hospital, paralisada há alguns anos, a equipe era presidida pelo senhor Antônio Ribeiro Santiago. José Borges era o  tesoureiro. Foi uma luta árdua, mas ambos obtiveram sucesso. Contribuíram decisivamente para o sistema de saúde publica de Coaraci.

   José Borges dos Santos, era um homem simples, de pequena estatura, com poucos recursos financeiros, mas um cidadão respeitável, de caráter e moral ilibados, e com uma invejável personalidade. Ele contribuiu decisivamente para o desenvolvimento de Coaraci, foi um “Cidadão Honrado”, mas infelizmente não foi reconhecido pelos políticos desta terra. ’’A Professora Argentina, quando encontrou-se com comigo (Samuel), na época do seu falecimento, elogiou o comportamento dele, ela disse na ocasião:’’-Samuel, Coaraci perde uma das suas últimas reservas de moral e ética, a exemplo do saudoso Evanildo Campelo Soares, Soarinho.’’

Sensibilizado, pedi permissão para publicar aquelas palavras em um artigo no Caderno Cultural de Coaraci, no que fui prontamente autorizado, só me resta agora agradecer em nome de todos os meus familiares, suas generosas palavras sobre José Borges dos Santos, meu pai. A foto acima é da cerimônia das BODAS DE OURO com minha saudosa mãe, Magneth Costa Santos’’.

                                                      Texto adaptado por PauloSNSantana.

 

 

 

SIMPLICIANO JOSÉ

Texto adaptado por PauloSNSanatana

 

Cercado de serra e cacauais por todos os lados, o pequeno município de Coaraci parecia não ter para onde crescer. Tudo fazia crer que isso era totalmente impossível. Mas o Vice-Prefeito Simpliciano José dos Santos não pensava assim.  E para provar que era possível, Simpliciano decidiu abrir mão de grande parte  de suas terras para ser loteada, pela Prefeitura Municipal de Coaraci, e os lotes distribuídos a centenas de famílias da baixa renda. Entre os lotes oferecidos por Simpliciano está o local onde foi construído o CEC.

Os problemas habitacionais naquela época eram gritantes, gerando uma série de transtornos sociais. Mas a sua decisão teve efeito não apenas para solucionar parte desses problemas, mas promoveu o desenvolvimento urbano do município.

O resultado foi o surgimento de um novo bairro, distante do centro da cidade cerca de dois quilômetros, que em pouco mais de três meses já se encontrava habitado em quase toda a sua totalidade. “Loteamento Maria Gabriela”. “Biscó II”, como os moradores preferiam chamar o local. A área total do loteamento era de sessenta e cinco mil metros quadrados que representavam seis hectares e meio de plantação de cacau, distribuída em quinhentos lotes, doados através da Prefeitura Municipal, que se propôs, a dotar o bairro de toda a infraestrutura necessária para ser habitado, a começar pela rede de energia, inaugurada em 11 de dezembro de 88, numa extensão de mil seiscentos e dez metros, com quarenta e seis postes, além de serviços de terraplanagem para possibilitar a construção das casas e implantação da rede de esgoto sanitário. Mas na verdade Simpliciano fez muitas outras doações. No mesmo local, ele destinou outra área com a mesma finalidade. Vale ressaltar que o loteamento não ficava localizado no morro, mas sim em uma planície de fácil acesso, principalmente após as obras de melhoramento, realizadas pela administração municipal, que contribuiu, ainda, com o fornecimento de material de construção, através do Pronave, beneficiando cerca de três mil pessoas de baixa renda.

Mas os investimentos naquela área não pararam, a secretaria de assistência social participou da distribuição das posses aos moradores, além de fornecer tanques de amianto. Na oportunidade a Secretária e primeira dama Joselita Torquato construiu um casarão onde foram acolhidos menores de sete a quatorze anos, através de convênio com a LBA, programa “ELO”.

Foi uma espécie de reforço escolar, para transformar-se em ensino profissionalizante.

Iniciou-se com vinte crianças, transformando-se mais tarde em uma Creche, que recebeu o nome de Creche Joselita Torquato. No Biscó foram distribuídos materiais para construção de banheiros, um projeto que expandiu-se por todos os bairros habitados por pessoas carentes. Outro bairro que também surgiu naquela época foi o Joia do Almada, que ganhou saneamento básico, desenvolvendo-se muito de lá pra cá.

 

JOÃO BATALHA

 

Texto adaptado por PauloSNSantana

 

João Batalha era um sergipano de Tobias Barreto, que viveu sozinho numa rua de pouco movimento em Coaraci há muitos anos atrás e foi considerado um historiador da cidade, pelo menos no nível de politica. Esteve viúvo por dezoito anos e nunca se casou novamente, preferiu namorar a “Politica”, que achava muito interessante. E não foi a toa que ele sabia de tudo detalhadamente, até mesmo coisas ocorridas há mais de quarenta anos.

João Batalha dizia que o destino pregava peças, que ele mesmo tinha sido vitima, quando assumiu por três anos o cargo de delegado de polícia,  um fato a que ele se referia como um “beijo espinhoso” que havia recebido da vida.

Segundo ele o destino também pregou peças inexplicáveis à politica coaraciense. Ele disse na época que Aristides de Oliveira era radicalmente contrario à emancipação de Coaraci e no entanto venceu as eleições numa disputa com Elias de Souza Leal.

João Batalha fez uma história cronológica do município, a partir de 1952 quando o primeiro prefeito foi Aristides de Oliveira, assumiu em abril de 1955, e foi substituído, em abril de 1959, por Jairo de Araújo Góes. Disse que em 1963, Gildarte Galvão Nascimento passa a dirigir os destinos de Coaraci, seguido por Gilberto Lyrio. Concluiu dizendo que de 1971 a 1973, Joaquim Almeida Torquato assumiu a prefeitura, conseguindo fazer o seu sucessor, Antônio Ribeiro Santiago, que governou até 1977, passando o cargo para Antônio Lima de Oliveira. Que em 1982, Joaquim Almeida Torquato voltou a disputar as eleições, com mais dois candidatos do PMDB, Demostenes Pinheiro de Matos e Aldemir Cunha, e que este ultimo, foi secretário de obras do prefeito eleito Joaquim Torquato, que havia vencido com uma larga margem de votos.  Joaquim assumiu oficialmente no dia primeiro de fevereiro de 1983 e deixou o cargo em 1889. O próprio João Batalha, que era um verdadeiro “crítico politico”, afirmou que muita coisa ainda precisava ser feita em Coaraci, mas não tinha duvidas de que dentre todos os prefeitos “Joaquim foi o que mais realizou”.

 

 

UM BREVE PERFIL DA PROFESSORA E DIRETORA, VALDELICE VIEIRA NASCIMENTO

a quem honra, honra!

Texto adaptado por PauloSNSantana

 

O Pastor Jessé Maria conheceu a menina Valdelice, em Itapitanga, quando ela participava com a mãe dos cultos da Igreja Batista. Val ficou radiante no primeiro contato que obteve com aquele Pastor e imediatamente falou pra sua mãe:

- Esse Pastor vai nos ajudar, minha mãe!

Valdelice nasceu no dia 17 de julho de 1947, tinha apenas dez anos de idade quando viu pela primeira vez o Pastor Jessé. Val foi uma criança meiga de voz terna e de um sorriso que expressava bondade, e tinha o dom de  conquistar as pessoas logo nos primeiros contatos.

Filha de Dona Aumerice uma mulher trabalhadora, honesta e crente em Deus, tiveram que mudar-se em 1958 para Coaraci, onde Val acreditava que iria encontrar a sua verdadeira felicidade. Estudiosa e dedicada, filha atenciosa e companheira, prestou exame de admissão em dezembro de 1962, ingressando no curso ginasial do Colégio Educandário Pestalozzi em 1963, depois cursou o Pedagógico no Colégio de Coaraci, e finalmente licenciou-se em Estudos Sociais na Faculdade de Filosofia de Itabuna. Valdelice sofreu um terrível desencanto  quando perdeu a sua companheira inseparável e mãe dedicada em um desastre de ônibus, quando viajava para São Paulo, para visitar familiares. Mas ficou sozinha por pouco tempo, pois  Maria de Lourdes Ramos da Silva, a esposa do Pastor Jessé , a convidou e acolheu como uma verdadeira filha, então Valdelice passou a residir eles.

Valdelice ainda estava cursando o ginásio e já participava das atividades Pedagógicas do Educandário Pestalozzi, ajudando no setor de material juntamente com Raimundo Flores, Delaim Barreto e Jocélia Santos, a convite da sua mãe adotiva Lurdinha, como era conhecida a esposa do Pastor Jessé. Mas Valdelice veio pra vencer, e tempos depois, passou a ser Auxiliar de Secretaria, depois foi promovida a titular da função, cargo que exerceu até o início de 1976, quando assumiu a Direção do Educandário Pestalozzi, em substituição à sua querida amiga Lourdinha, que por motivos particulares mudou-se para o Rio de Janeiro. Naquela época a Fundação mantinha convênio com a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, com vinte alunos matriculados gratuitamente, para cada professor conveniado.  Em 1985 a fundação fez um novo convênio com a Secretaria de Educação com a concessão de salas, passando colégio a ser totalmente gratuito, chegando a matricular mil e seiscentos alunos do primeiro e segundo graus. Este convênio possibilitou a nomeação de muitos Professores inclusive a Diretora que passaram para categoria de funcionários do Estado da Bahia.

A Professora Valdelice casou-se com Wilson Ferreira Nascimento, com quem teve três filhos, Gelsa Regina Vieira Nascimento, mãe de Gabriela, Adriana Vieira Nascimento, mãe de Breno Wilson e Wadson Wilson Ferreira Nascimento pai de William e Wesley.

 A partir de 2004  a Secretaria de Educação deslocou os cursos do segundo grau para outro espaço escolar do Estado no Município, permanecendo no Educandário Pestalozzi o ensino fundamental e o curso de magistério. A Professora Valdelice alcançou a mais expressiva eficiência pedagógica, e colocou o Educandário como um dos mais importantes da região. Valdelice Vieira Nascimento, primou pelo respeito ao semelhante e pelo decoro no comportamento, a  eficiência no trabalho  o compromisso pedagógico na aprendizagem deram o tom de sua direção, chegando a atualizar pedagogicamente todo o currículo dos cursos, utilizando para isso os princípios mais avançados do processo educacional do país naquela ocasião. Fonte Livro «A Visão» de Pastor Jessé da Silva, entrevista com Professora Valdelice.

 

PASTOR REGINALDO ASSIS LEAL

UM PROFETA HONRADO DA TERRA DO SOL

Texto adaptado por PauloSNSantana

 

Reginaldo Assis Leal, teve um inicio de vida difícil, mas  saiu da adolescência ingressando no curso ginasial, através de um exame de admissão no Educandário Pestalozzi. Filho de Manoel Leal, proprietário de fazendas de cacau no sul da Bahia, foi abraçado pela simpatia da mocidade da Igreja Batista, convertendo-se a Jesus. Após o término do curso ginasial,  mudou-se para  Ilhéus, para cursar o Colegial, após concluir o ensino médio, ingressou na Faculdade de Filosofia de Itabuna, onde cursou Letras. Voltou a residir em Coaraci participando com dedicação das atividades espirituais da Igreja Batista. Sentindo-se chamado para o ministério da palavra, com apoio do Pastor Jessé, foi recomendado para o Seminário Teológico do Norte do Brasil em Recife. Reginaldo Assis Leal ingressou no curso de Bacharel em Teologia em 1974, e em 1975, casou-se com   Meire Britto, filha do casal Brito, membros da Igreja. Meire Brito já havia consagrando-se no Seminário de Educadoras Cristãs, ingressando depois no curso de Bacharel em Educação Religiosa, o casal passou a residir em um dos apartamentos destinados pela direção do seminário aos estudantes casados até o término do curso em 1977.

A insistência com que o Espírito de Deus indicava Reginaldo Assis, não deixou dúvidas no coração do Pastor da Igreja Batista que submeteu a decisão de convida-lo para o Ministério em Assembleia, ainda que estivesse cursando o terceiro ano do Seminário. A Igreja o aclamou por unanimidade. Investido no Ministério da Igreja, o Pastor Reginaldo Assis, tratou de expandir a obra de evangelização, para consolidar desenvolvimento do trabalho, levou a Igreja a construir bons templos em São Roque, Ruinha dos Três Braços, Bandeira e Ruinha do Zé Ramos, neste local desenvolveu um excelente núcleo de assistência social. Em seu abençoado ministério na obra de evangelização, apoiou à construção do prédio da Creche e organizou o Centro de Recuperação para Dependentes Químicos, sendo concluído também o Santuário do Novo Templo.

O Pastor Reginaldo Assis Leal é um profeta honrado em sua terra e ainda hoje ministra, dirige e compartilha a fé cristã com os fiéis da Igreja Batista de Coaraci.

Fonte Livro «A Visão» de Pastor Jessé da Silva.

 

BETO MAFUZ QUER SABER QUAL A SITUAÇÃO DA FILARMÔNICA DE COARACI? BOA PERGUNTA!

 

Paulo Novaes, agradeço a gentileza do convite para estar entre os colaboradores deste Informativo Cultural, e eventualmente para contribuir com textos e artigos. Gostaria de participar sim, a respeito de um tema de minha área e de interesse comunitário. Qual a situação da Filarmônica de Coaraci? Quantas existiam e quantas ainda sobreviveram? Por que não funcionam? O que falta para avançar na educação musical? Tenho aspiração de ensinar música por partitura em Coaraci, para aqueles que desejem aprender a ler e executar. É um tema que gostaria de ver numa reportagem, para que a comunidade tomasse ciência da sua real situação. Quem sabe você inclua o tema na próxima edição? Há perguntas importantes de serem respondidas: Quem é o presidente ou responsável pela Filarmônica? Onde estão os instrumentos? Qual a sua atual conservação e o estado físico/individual deles? Quais são os instrumentos inclusos no inventário (Relacionar um por um para evitar desvios e se possível fotografa-los)? Quantos estão emprestados? Há instrumentos que são raros e tem um valor considerado no mercado comercial, por si só, já é um bom motivo para a comunidade não desprezar. Evidente que o melhor proveito que podemos fazer, é ativar o seu real valor educacional para os cidadãos. Quais as possibilidades de funcionamento da Filarmônica, na atual conjuntura? O que faz o poder público e o que poderá fazer? São várias perguntas que acrescida do informacional, valerá ganhos edificantes para todos que almejem cultura para nossa terra natal. Abraços, Beto Marfuz.

 

TIANO

 

Justiniano Francisco Cunha

 

Texto adaptado por PauloSNSantana

 

Justiniano Francisco Cunha chegou à região em 1913 logo adquirindo boa área de mata com aproximadamente quatro tarefas, dez hectares  produzindo cacau. A área possuía relevo bastante irregular era situada nas proximidades de um pequeno acampamento conhecido como Garganta. Tiano como era carinhosamente chamado aos poucos foi transformando sua roça numa produtiva fazenda composta de uma confortável sede, várias outras para trabalhadores, cochos muitas barcaças, casa de farinha, currais, armazém e estufa para garantir a secagem rápida de sua grande produção. Por comodidade suas tropas saiam em direção a Itabuna tomando o sentido sul e logo após o sentido leste, aproveitando trilhas existentes nos contrafortes de diversas serras na época chamadas de Pedra Lascada, Isabel e Pedra Redonda, numa penosa jornada que chegava a durar até uma semana entre a ida e a volta. Tiano casou-se com a Dona Honorina Cunha, de cuja união teve 13 filhos nascidos sob a responsabilidade da parteira Dona Maria Barros: Raimundo, José, Manoel, Ildefonso, Wilson, José Francisco, Hilda, Maria, Doralice, Josefina, Adélia, Alaíde, e Braulina.

Tiano antes de dirigir-se à região cacaueira analisou terras em Vitória da Conquista e Santo Antônio de Jesus. Chegou a produzir dez mil arrobas de cacau distribuídas numa área de cento e sessenta hectares onde se tornaram tradicionais as grandes festas, sempre com forte presença dos coaracienses que para lá se deslocavam à espera de seus concorridos churrascos e grandes almoços sempre com abate de um boi. Fazendo parte desse calendário estavam as comemorações juninas estendidas até São Pedro onde a fartura era uma rotina. Todas essas alegrias foram esquecidas quando Tiano sentindo os primeiros problemas de saúde fez muitas viagens a Salvador a procura dos melhores especialistas.

A partir daí um grande número de coaracienses se mantiveram presentes em torno de sua residência aguardando informações sobre o seu estado de saúde, enquanto levava forças a família. Tiano nunca se afastou de seus chinelos de bico fechado e muito menos de seus suspensórios que puxavam as calças para cima. Dona Honorina faleceu no dia 8 de março de 1962. Tiano morreu em 24 de fevereiro de 1955 aos 68 anos de idade ocasionando o mais fechado luto da história do município, confirmado nas missas de sétimo, trigésimo dia e de um ano onde uma profunda tristeza ainda comovia toda a família. Pesquisa Livro Coaraci U. Sopro de Enock Dias Cerqueira,  Pag.70,71.

 

 

 

LOURIVAL MELO

 

Texto adaptado por PauloSNSantana.

 

 

A família de Lourival Melo  constituiu-se em um grande patrimônio de Coaraci,  chegaram aqui em 1940, vindos da região de Pouso Alegre. Lourival era  irmão de Jonas de Souza Melo, Gildete, Maria da Glória e Maria de Lourdes e eram filhos de José Torquato Melo, e  Merandolina Marcelino de Souza  conhecida por Dona Loura. Possuiu fazendas em Pouso Alegre, no Rio do Ouro, e em Brejo Mole, adquiriu nos arredores de Coaraci fazendas  pertencentes Antônio Teixeira e a Elias Leal, na estrada de Almadina. Lourival faleceu em abril de 1995 deixando os filhos Veridiano, Joelson, José, Itamar, Raimunda, e Marrúbia, e a esposa, Dona Judite Santos.

Fonte: Livro Coaraci Ultimo Sopro de Enock Dias Cerqueira.

 

CLARINDO TEIXEIRA

 

Texto adaptado por PauloSNSantana

 

Clarindo Teixeira também foi um dos primeiros cacauicultores e pecuaristas de nossa região, aonde chegou em 1906. Foi um coaraciense do mais alto nível e um batalhador incansável pelos destinos do povoado, até a consolidação de sua emancipação em 1952, quando acompanhou todos os atos solenes mesmo com idade avançada e já aposentado das obrigações com as suas fazendas. Sua história confunde-se com a própria história do município e teria conteúdo suficiente para encher as páginas de um grande livro tal a quantidade de fatos que produziu em seus incansáveis 70 anos de trabalho. Tinha um coração maior que o próprio corpo, tal a forma como resolvia seus problemas e os problemas de seus amigos, vizinhos e empregados. Ao longo de sua vida chegou a acumular doze fazendas de cacau e pecuária, ele desconhecia sol, chuva ou trovoada, e das cinco da manhã às sete e oito da noite empreendia  longas caminhadas a pé ou no lombo de seus animais visitando todos os cantos de cada fazenda.

Clarindo acreditou no novo povoado e se tornou no maior construtor de casas da história de Coaraci. Segundo algumas pessoas, ultrapassou setecentas casas, segundo outras bem próximo de novecentas casas entre aquelas próprias para o comércio e aquelas próprias para residências. Clarindo não teve filhos com dona Josefa Eufrásia de Jesus, porém através da sua união com dona Maria, teve os filhos Severino, Edelzuita e José e com dona Edite a filha Cristina os filhos Hermes e João. Já com a idade bastante avançada contraiu núpcias com a professora Maria Dantas, a dona Sinhá. Clarindo morreu no dia 6 de outubro de 1961, enchendo de luto a sociedade coaraciense. De Coaraci recebeu uma homenagem importante, a artéria entre a Avenida Juracy Magalhães e à Rua Fernando Machado de Araújo Góes que passou a chamar-se Rua Clarindo Teixeira.

Pesquisa Livro Coaraci Ultimo Sopro, Autor Enock Dias Cerqueira.Pag.78 

 

ANTONIO BATISTA SCHER

 

Texto adaptado por PauloSNSantana

 

O Pai de Antônio Batista Scher, Senhor Augusto Ferreira Scher, residia na região de Banco Central, ele confiou o destino de seu filho, Antônio Batista Scher, aos dezessete anos, a um amigo, conhecido como Senhor Francisco Coelho Filho, no início da década de 40. Antônio Scher pouco tempo depois conheceu Lourenço Nascimento, com qual fez sólida e duradoura amizade. Lourenço possuía algumas fazendas, uma delas nas Duas Barras, lá testemunhou a dedicação e a disposição do rapaz para o trabalho, ao ponto de  avalizar a aquisição da primeira fazenda  de  Scher.

Scher casou-se em 02 de outubro de 1948, com a Senhorita Celcina, tendo com ela treze filhos. Scher expandiu seus negócios e aumentou seu patrimônio, adquirindo muitas fazendas em outras regiões distantes, mas nunca se afastou de Coaraci.

Antônio Scher foi um homem respeitado, sério e exigente, que contribuiu para os avanços da Terra do Sol, da qual foi um verdadeiro “Xerife”, homem que fazia se cumprir as leis. Foi executando as suas atribuições como Delegado Municipal de Coaraci, que perdeu a vida, deixando uma imensa lacuna. Costumava fazer rondas durante a madrugada, sozinho em sua pampa prateada. Ele era respeitado e temido por bandidos, e por jovens arruaceiros da sociedade coaraciense, acostumados a fazer das baladas noturnas um circo de violência.

Histórias cinematográficas marcaram a vida do Delegado, que não era tendencioso e aplicava as leis tanto para pobres como para os considerados “ricos” da sociedade coaraciense.

Conheci o Sr. Antônio Scher, e lembro-me de uma oportunidade na qual ele havia detido um suspeito por furto nas instalações do C.S.U. Na oportunidade eu estava em Caravelas e havia deixado em Coaraci, um auxiliar com a chave da porta da sala de esportes, com atribuição de pegar bolas, para os babas semanais.

Quando retornei o auxiliar estava preso, suspeito do roubo. Imediatamente fui conversar com ele, que atendeu-me cordialmente, ouvindo atentamente as minhas impressões sobre o caso, e aceitando a defesa que fiz do suspeito, eu disse textualmente na época:

 

-Senhor Scher, o suspeito é inocente, eu garanto e se for necessário assino em baixo de qualquer documento!

-Ele então pensou detidamente, e disse:

-Professor eu já estava pronto para apertar o rapaz, mas diante do exposto pelo senhor vou liberá-lo imediatamente, após comunicar à Gerente do CSU, que foi a autora da queixa.

Assim foi feito e imediatamente o rapaz inocente foi liberado. Trinta dias depois, recebi um telefonema da Cidade de Jequié, de um oficial reformado da Policia Militar, querendo devolver o produto do roubo, furtado por um dos seus filhos. Assim se fez justiça!

Se Antônio Batista Scher estivesse vivo, estaria orgulhoso de uma de suas filhas, a Professora Josefina Castro, Prefeita de Coaraci.

  Pesquisa Livro Coaraci U Sopro de Enock Dias Cerqueira, Págs. 80 e 81.

histórias de Coaraci

População estimada 2014 (1)20.183

População 201020.964

Área da unidade territorial (km²)274,500

Densidade demográfica (hab/km²)74,17

Código do Município2908002

Gentílicocoaraciense

Prefeito

JOSEFINA MARIA CASTRO DOS SANTOS

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