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O PRIMEIRO GERENTE

DO BANCO ECONÔMICO DE COARACI

BANCO ECONÔMICO

DE COARACI

 

Joaquim Moreira consegui convencer João Vidal a depositar em seu Banco

 

Joaquim Freitas Moreira foi o primeiro Gerente do Banco Econômico Agência Coaraci, e uma das suas mais importantes conquistas foi convencer João Vidal a depositar nos cofres do banco suas economias, até então, mantidas no fundo de pesados baús, na fazenda. Essa operação realizou-se na sede da fazenda Cachoeira Bonita, residência de Joaquim. O volume de dinheiro era tão elevado que fugia ao conhecimento do próprio João Vidal.

Joaquim foi também um dos fundadores da Loja Maçônica, aonde chegou à Venerável.

Na Câmara municipal, Joaquim Moreira mantinha seus pronunciamentos nos mesmos níveis dos realizados em seus comícios de campanha, e eram sempre esperados com muita curiosidade pelos assíduos frequentadores. Até Jairo Góes, como prefeito, aceitava publicamente as críticas que recebia de Joaquim, seu companheiro de partido. 

 

CONVERSANDO COM CHINA

 

Carlos Bastos

 

Texto de PauloSNSantana

 

No dia 21 de Abril estava no Bar e Restaurante de Renato Fraife quando chegou Carlos Bastos, popularmente conhecido como China, que sempre que pôde colaborou com matérias pertinentes e artigos inteligentes para o Caderno Cultural de Coaraci. Depois que nos cumprimentamos, após alguns minutos para colocar o papo em dias, fiz a ele um convite para uma entrevista e resolvemos fazer ali mesmo, naquela hora. O resultado foi excelente, pois o China tem opiniões esclarecedoras sobre vários temas inclusive do mundo da politica e também do campo sociocultural. Confira.

 

Sou formado em Sociologia, sou militante de esquerda histórico, fui de ação popular Marxista Leninista, na época da clandestinidade.

Tenho lembranças maravilhosas do Colégio Educandário Pestalozzi, a minha vida acadêmica começou de fato no Colégio Educandário Pestalozzi com duas figuras maravilhosas que foram o Pastor Jessé Maria da Silva e Dona Lourdes, “Tia Lourdes” como Marco Exu chamava.

Fui para Salvador em 1976, fiz vestibular pra Sociologia passei no primeiro ano, graças ao ensino de Coaraci que, diga-se de passagem, é de excelência, vejo inclusive hoje uma das maiores aprovações dentro da UESC, que antigamente era FESP. Uma aprovação muito grande no vestibular da UESC. Vocês que estão aqui podem comprovar isso mais do que eu, o que mostra o nível da capacidade intelectual do povo de Coaraci, o que é muito interessante. Eu participei de várias coisas em Coaraci:

- Fundei o PT, fui candidato por duas vezes, por falta opções, o PT estava nascendo (eu acho que isso interessa Paulo para desmitificar algumas coisas), o PT estava nascendo em 1980, tinha uma grande liderança coaraciense Élcio Luciano Jacaré filho de Dr. Eldebrando que estava indo pra concorrer a Diretoria da UNE que era da mesma organização que eu fazia parte e que ainda tinha Elder Reis, filho de Ulisses que na época fazia Administração. Eu era do Movimento Estudantil da UFBA fui deslocado pela minha organização que se chamava de Ação Popular Marxista Leninista para fazer a construção do PT no Estado da Bahia. A legislação em 1982 exigia que o partido tivesse candidato em todos os níveis, de Governador a Prefeito, e ai pra quem não entende como funcionava uma organização de esquerda, você tinha um comitê central que não era uma estrutura de partido Leninista apesar de ter uma fundamentação Leninista, tinha um secretariado regional e aí eu fui candidato pelo Centralismo Democrático que eu já gostava também, porque adoro esta cidade e vocês sabem disso, e tudo o que eu puder fazer por Coaraci eu faço. Até inclusive as criticas, viu Paulo.

Eu era o maior sócio da Empresa Águia Branco, rzrzrzr... porque estudava, fazia Sociologia na UFBA, e vinha fins de semana para Coaraci pra fazer legalização, convenção, tinha que fazer o papel de militante e fundar o partido no resto do Estado da Bahia.

No primeiro trimestre de 82 eu tranco a Faculdade, porque tinha que trabalhar em uma construção partidária. Pessoas importantes trabalharam no Projeto, como por exemplo, Martinha, Jorge Cachorrão, Soares Neto, Paulo de Loura, Pixixica entre outros...

Durante a entrevista com China, realizada no Bar de Renato chega Ícaro músico da Banda Pecados Capitais aquém China parabenizou pelas belas apresentações na ’’Casa de Shows 30 Segundos’’ e disse que na sua opinião a banda coaraciense foi a grande vencedora, que os dois votos a favor da outra banda, foi uma questão mais comercial, ainda afirmou categoricamente tratar-se de uma grande vitória, “sem ajuda de ninguém da politica coaraciense”, e finalizou questionando irritado:

- O que fez a Diretoria de Cultura de Coaraci? Nada!

Eu sempre tive uma raiz muito forte em Coaraci e sempre fui um cara que gostei de movimentar a cidade. Cultura pra mim, e ai eu deveria ser antropólogo porque tenho um foco mais na área cultural, e não, sou um Sociólogo, cultura pra mim é o que determina toda relação de sociedade e povo, Coaraci tem uma plêiade de artistas em vários segmentos da cultura enquanto formação e linguagens culturais que são fantásticas.

Coaraci sempre teve os melhores músicos, Coaraci sempre teve grandes atores e autores de teatro, eu poderia citar “n” artistas, “n” músicos, e essa efervescência cultural nunca morreu em Coaraci, o que precisa é o poder público que deveria ter projetos de cultura, deveria ter politicas para fomentar a cultura da cidade porque eu vejo muita gente ficar dizendo que entende de cultura e não sabe nada do assunto. Infelizmente o poder público teve das suas hostes administrativas o meu amigo Dicinho de quem eu gosto demais e Waldir Carvalho que é assessor especial pra cultura. Eu disse isso lá em Salvador. Cara! Coaraci é um berço de cultura. Eu me lembro de que a banda marcial daqui ia tocar em Ibicaraí, em Almadina, Itajuípe, a Banda Colegial, porque nós sabíamos tocar. Sete de Setembro, aniversário da cidade era a Banda do Colégio de Coaraci e a Banda do Pestalozzi que se apresentavam e eram convidadas para tocar em cidades circunvizinhas como: Almadina, Ibicaraí, Itajuípe... porque tinham talento musical.

Os poetas dessa cidade são fantásticos. Eu fico doente quando vejo Alfeu fazendo vaquinha pra fazer uma coletânea de poemas e poesias de poetas da cidade, pra lançar em um livro. Zé Almiro morreu com um desejo de criar a “Academia de Letras de Coaraci”. Eu escrevi um texto “A casa de Academos” e até inclusive fiz uma provocação na época em um texto, “Vamos fazer a casa de Academos em Coaraci”. Ou a casa da Cultura. Então você tem uma cidade com uma tremenda riqueza cultural e você não tem, mais uma vez eu vou dizer: - Porra nenhuma de incentivo. E fica fazendo um jogo de faz de conta. Ai eu fico batendo em ponta de faca, chovendo no molhado, sou muito impulsivo e dou nome aos bois, já cheguei publicar cartazes de filmes de faroeste com a seguinte chamada: “Procura-se pela Cultura de Coaraci!”. Eles dizem cuidar da cidade mas não tem uma politica cultural. Aqui tem um grupo de Teatro, quero inclusive conhecê-los, mas eu me lembro de que aqui haviam vários grupos, na época que Luizão era Diretor de Cultura, alguns amigos meus vieram pra cá pra dar cursos de Teatro. Nós fizemos uma semana de cultura aqui, uma coisa muito bonita, nós trouxemos as Baianas, as Iaôs do Candomblé de Joaquinzinho pra lavar a escadaria da Igreja Católica, isso foi bonito, e lavaram mesmo.

Decidimos que íamos fazer uma semana de cultura, trouxemos Nildão o maior Chargista. Trouxemos também o maior maestro da Bahia que é Diretor da “Rumpilex” (Instrumento musical de precursão muito usado no candomblé que dá o som de culto aos Orixás) uma banda que forma crianças em músicos fantásticos. Nós trouxemos pra cá Letiére Leite, também trouxemos pra cá em uma mostra de som Marilda Santana. E as pessoas chegaram aqui e falavam: - Coaraci é muito bom. Esses músicos são muito bons (Roginho e companhia). E Coaraci tinha mais uma coisa fantástica, o Clube Social que foi o maior e o melhor Salão Dançante que tinha na região do Cacau. Era público e notório. Todos os anos o Cassino de Sevilha vinha pra cá.

Roginho é um ícone pra mim, Roginho é um ícone, Roginho é um ícone cara! Aí eu fico p. da vida quando eu estou em Salvador e leio que o Lordão vai tocar em Coaraci. Devem receber uma grana pra tocar aqui. Enquanto as bandas daqui vivem à mingua. Não estou desmerecendo os músicos do Lordão, certo? Eu quero dizer que os meninos são muito melhores que o Lordão. Então pra mim é muita presepada em relação a isto.

Eu nasci em Coaraci. Depois com meses de vida fui para Ilhéus. China é filho de Carlos Bastos e de dona Gilse, e tem os irmãos Glauco, Lourdinha, e outro irmão de criação que reside em São Paulo. Eu voltei pra Coaraci com seis anos, a minha primeira professora a grande paixão da minha vida como professora foi Líbia Pimenta, quando estudei na Escola Nossa Senhora de Lourdes e eu tive o prazer de reencontrá-la semana passada lá em Salvador. Eu tinha que estudar, ai fui pra escola Nossa Senhora de Lourdes que ficava no fundo da Igreja Católica. Uma coisa interessante foi a nossa vinda pra Coaraci:  - A mãe de Robério dona Zilda esposa de Bitonho, mãe de Bob, que era prima de minha mãe, estava com vontade de ir morar em Ilhéus e a minha mãe queria vir pra Coaraci ai trocaram as casas, nós viemos morar na casa de dona Zilda mãe de Robério e eles foram morar na casa de minha mãe. Na Avenida Belmonte. Tempos depois meu pai que era um Engenheiro, soube que a família de dona Zilda queria retornar a Coaraci, vendeu a nossa casa de Ilhéus e resolvemos ficar aqui em uma casa que meu pai comprou de Clarindo Teixeira, na Rua Francisco Andrade que inclusive é a grande rua, que eu acho, escrevi um texto sobre isto. Minha mãe me disse que eu iria ser aluno de Lídia Pimenta uma grande amiga dela, uma excelente professora uma grande educadora. Eu estive com ela semana passada lá em Salvador, ela é irmã de Joel Pimenta, Luiz Pimenta. Eu tinha uma escola, tinha meus colegas lá em Ilhéus, mas a colhida aqui em Coaraci foi tão grande que eu falei: - Tou em casa. E a partir deste momento constatei que Coaraci era a minha paixão a minha cidade.

Quais as suas impressões sobre o momento de turbulência politica que vive o país?

É um momento complicado. Marx dizia o seguinte: - Em última análise, o econômico é o determinante. Eu acho que o grande problema é que capitalismo entra em crises ou estrutural ou cíclica, a crise do capital hoje não é cíclica é uma crise estrutural isso rebate na politica, isso requer um jogo de cintura de quem esta no governo, porque o Estado tem que cumprir um papel de atender necessidades, prestar serviços, com equanimidade. Eu ouvi, eu estava ali no Bolacha, alguém reclamar da conta de luz, mas tem o seguinte, você têm serviços e produtos que obedecem regras de mercado, energia por exemplo.

O PT comete alguns equívocos no ponto de vista de assumir o poder, que é fazer alianças pragmáticas e não programáticas. Eu faço alianças pra ganhar o governo e pra ganhar o governo eu entrego os dedos e os anéis. A crise hoje é a seguinte:- o berço do capitalismo era o Estados Unidos, e este está quebrado desde 2008, e a crise esta chegando aqui agora. Plínio de Arruda Sampaio disse isso: -O remédio usado para combater a crise foi equivocado. Você tinha que investir em infraestrutura não no consumo. O Estado Brasileiro abriu mão de receitas dando subsídios para linha branca, para automóveis, se você dá subsidio abre mão de receitas, o seu caixa não vai bater porque a sua arrecadação foi insuficiente, além disso, muita gente diz que pagou a divida externa o que é uma mentira, uma balela, nós pagamos serviços da divida, que são os juros isso tudo culmina com as crises politicas, não acho que as Instituições estejam em crise, a politica esta em crise, as instituições não. As Instituições continuam exercendo o seu papel a imprensa continua exercendo o seu papel, o congresso continua exercendo o seu papel, as pessoas falam o que acham que tem que falar, isso é democracia.

Qual a sua opinião sobre a corrupção no Brasil?

Eu escrevi um texto há algum tempo que dizia:’’somos todos corruptos’’. Até publiquei no Caderno Cultural. Não acho que a corrupção seja uma questão cultural, a corrupção é fruto da relação entre poder, o ter, e ter mais, não são só os políticos corruptos, o cara que pega o papel da escola que ele ensina é tão corrupto quanto o cara que tira dinheiro da educação, o servidor que tira o remédio do hospital público ou uma seringa, ele esta sendo tão corrupto quanto o deputado que desvia dinheiro da saúde. A pessoa que subtrai uma luva cirúrgica, ele esta sendo tão corrupto quanto, porque se um médico precisar de uma luva para realizar um procedimento, não vai ter uma a disposição e pode causar um sério dano a saúde do paciente. A escala da corrupção não esta mais ou menos é uma questão de juízo de valor mesmo, são valores que estão se perdendo. Aliás, a corrupção no Brasil chega desde quando Caminha pede: - Olha eu sou amigo de... arranje um emprego para o meu sobrinho. Na primeira carta de Pero Vaz de Caminha. Eu vejo muita gente dizer que é contra a corrupção, agora tem um que para na contramão, para numa vaga de idoso, quer furar a fila de banco, isso também não é corrupção?

Você tem acompanhado os passos da politica coaraciense? Qual a sua visão critica, estando residindo em Salvador?

Pragmatismo. E quando você tem pragmatismo Paulo, você esquece-se de uma coisa fundamental na politica:

- Programa. E programa é politica pública para setores. Eu estou mais interessado em ser um prefeito ou prefeita do que ter um programa, um projeto politico. Esse é um mal existente no Brasil. Em poucos lugares você tem um conteúdo programático. Antigamente você falava que tinha um programa, que tinha um projeto, porque o programa eleitoral é pra isso, pra você expor suas ideias, mas o cara não tem ideias, é um picareta, mas o que interessa é que ele vai juntar votos pra mim. Isso que acontece em Coaraci acontece no resto do Brasil.

Que você acha do politico que promete muito e não cumpri o que promete?

É porque eles não têm projetos, eles querem apenas o governo. E eles não cumprem por que nunca tiveram. Porque é o seguinte, repare:-Pra você ter um projeto você tem que definir politicas. Vou te dar um exemplo claro:-Eu tenho um amigo que já foi deputado, uma das figuras que já veio aqui muitas vezes, foi Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado é uma das figuras mais sérias que eu conheço. O projeto dele em 2008 foi Eleições Diretas para Diretor de Escola. Eu fiquei surpreso que em Coaraci só teve eleições Diretas para Diretor agora.

De 2008 pra 2015 são anos. Outro amigo meu Zilton Rocha que foi deputado sério e honesto e que ajudou a aprovar essa lei, foi ele quem apontou as feridas no governo de Wagner.

O que é preciso pra resgatar a cultura coaraciense?

É preciso ter projetos. Não apenas dizer que vou construir um Centro Cultural. Eu tenho que ter um projeto, tenho que dizer o que vou fazer, tenho que fundamentar, é preciso ter uma coisa chamada contrapartida.

Soubemos que em Coaraci existe um Presidente da Fundação Cultural, mas não temos uma Fundação Cultural, o que acontece? Você sabe qual é a equipe da Diretoria de Cultura de Coaraci?

O Diretor de Cultura é Dicinho e o Assessor é Waldir Carvalho, inclusive disse a eles que se fizerem politica cultural eu elaboro um projeto pra eles.

Tudo que acontece em Coaraci eu sei, se cair uma agulha em Coaraci eu sei... Esta existindo a falta de politica cultural.

Eu estou trazendo e vou realizar uma mostra de cultura pra Coaraci e não quero esse tipo de duvidas. Teve um concurso de poesias aqui. Eu escrevi uma critica ao projeto, pois dia 14 de março é o dia da poesia, se você pegar o calendário do concurso, encerrou-se no dia 1 de maio, era para fazer um concurso de poesia para culminar em 14 de março e não em 1 de maio. Se quiserem eu faço um projeto de cultura pra essa cidade. É uma coisa que não precisa de dinheiro. Basta incentivo. Você tem no Ministério da Cultura uma série de programas que você pode inscrever.

Qual sua mensagem pra aqueles que fazem cultura em Coaraci?

Eu tenho muitos amigos aqui, hoje encontrei Dicinho, chamei por ele, “Gasolina!”, tudo bem? É assim que o chamo, pelo seu apelido. São figuras que eu gosto muito, minhas criticas são ácidas, eu sou assim mesmo, eu tenho uma língua como eu tenho uma pena, eu escrevo o que eu penso. Não tenho telhado de vidro, nem rabo de palha, gosto muito deles, nunca os ofendi moralmente, agora que tenham mais competência, e se eles se prontificarem a fazer qualquer trabalho que façam bem e cuidem da cultura dessa cidade que é um celeiro de artistas, de poetas e de músicos, e digo mais: - Eu ensinava na Universidade, ai teve um menino que falou assim: - Professor, Coaraci é muito rica né? Então eu perguntei a ele porque daquela pergunta, ai ele me respondeu que era porque em algumas cidades que visitou encontrou alguém cantando e declamando Coaraci. A questão é como a água do rio Almada, se a água secar a água da cultura dessa cidade também vai secar.

Qual sua mensagem para os leitores do Caderno Cultural de Coaraci?

Você sabe que eu fui um dos grandes incentivadores do Caderno Cultural. Que desde o primeiro momento, quando eu não podia escrever eu conseguia alguém para escrever. Um dos caras que escreveu sobre cinema para Caderno Cultural é um dos caras mais premiados na Bahia, Joel Almeida. Outro cara que escreveu pro Caderno Cultural foi Edgar Porto, Diretor da CEI. Ele adora Coaraci, nasceu fora mais morou aqui desde criança. Cuidem bem de Coaraci. Teve uma menina uma vez que me entrevistou sobre a cultura sobre a imprensa escrita em Coaraci. Eu contei pra ela que tínhamos o Jornal Arauto, a Centelha que eu fui um dos Diretores. Eu saia de Salvador pra vir trazer a Centelha aqui, Antônio Lima ficava p. da vida porque eu detonava.

O Caderno Cultural veio preencher essa lacuna, fui um dos primeiros caras a contribuir e a acreditar no projeto, tem vários textos meus. O Caderno Cultural é uma das poucas resistências que você tem da cultura escrita aqui na cidade. Todo mundo pega pra ler o Caderno Cultural. Paulo eu vou te falar uma coisa eu tou com três projetos, um deles é fazer cinema, e tou fazendo um roteiro de um documentário, no tempo livre. Fazer pesquisa de documentário é muito complicado. Você não encontra o que quer ai vai à Biblioteca, à Universidade, é complicado, e fazer cinema custa caro. Pra você ter uma ideia, o cara que criou o sistema Double House, cobra onze mil reais pra colocar o sistema no filme. Os equipamentos só aceitam o sistema de som Double House. Imagine um longa metragem Hollywoodiano?

Faça suas despedidas dos leitores do Caderno Cultural de Coaraci:

Leitor do Caderno Cultural de Coaraci ta mais para colaborador, porque “leitor” pra mim é uma relação passiva, né?

Em comunicação tem um chavão que eu não gosto: - eu li, eu li.

O leitor ele é passivo demais, eu acho o seguinte, os colaboradores que leem o Caderno Cultural, interagem com o Caderno Cultural, eles são participativos, é assim que vejo.

O Caderno Cultural é isso, interação. O Caderno Cultural de Coaraci não tem leitor tem comparticipe de construção de afirmação da cultura da cidade, é isso que vocês fazem que eu acho maravilhoso. Até breve. 

 

DR. RENATO REBELLO CONTA UM POUCO SOBRE A SUA HISTÓRIA

 

Sempre que é possível, quando encontro com Renato Rebello conversamos bastante sobre uma série de temas seja no campo politico, na área de acessibilidade ou apenas filosofamos. Parafraseamos sociólogos, psicólogos e filósofos, é um papo enriquecedor, então passamos horas em um ping-pong de ideias, sobre existencialismo, politicas publicas e os caminhos tortuosos da sociedade.

Quando nos encontramos da última  vez resolvemos pedi sua permissão para gravar o bate-papo que sempre é bem humorado e inteligente, nesta oportunidade o  nosso amigo fala sobre ele próprio, uma concessão apenas para os amigos, disse ele. Confira:

Bom dia Renato Rebello, fale um pouco sobre você e sua família.

Minha família tem descendências Portuguesa e Italiana. Eles vieram para o Brasil fugindo do tiranísmo, da guerra de Napoleão, e da guerra de Hitler. A minha família descende dos Oliveira e Rebello. Os Rebello são Italianos e os Oliveira Portugueses. Sou filho de Valdomiro Cecílio Rebello e de Gildete Quadros de Oliveira Rebello. Existe uma relação de parentesco entre os Rebello da região do cacau e os Rebello de Jequié. Toda a família veio originalmente para São Paulo que era amago da escravidão e a mão de obra precisava ser substituída. Todos os que vieram para o Brasil naquela época vieram em busca de oportunidades, pois em Portugal, Itália e Espanha existia uma crise tremenda. Ai eu via os retratos dos meus avós, o meu avô principalmente, ele tinha um bigodinho parecido com o de Hitler por respeito, talvez, ou então submissão.

Eu sou filho único.

Renato Rebello, fale-nos um pouco do seu pai, o Sr. Valdomiro Rebello, e como foi que você resolveu voltar para Coaraci, e aqui permanecer até os dias atuais:

Meu pai Valdomiro Rebello veio pra Coaraci com a missão de abrir uma agencia do Banco da Bahia e fez isso. Meus avós maternos procedentes de Vargem Grande, Distrito de Santo Antônio que anteriormente era Distrito de Nazaré eles uniram-se aqui e estes últimos convenceram o meu pai a investir na área de plantio de cacau. E na minha ótica foi um grande erro de meu pai, porque ele nunca gostou de cacau e nem da área de agricultura. O negócio dele era o comércio. Ele teve sucesso com a abertura da agência bancária foi bem sucedido, muito respeitado em todo o Estado, aposentou-se e ainda continuou durante muitos anos comandando todo o gerenciamento do Banco da Bahia aqui na região. Foi quando comprou uma fazenda, sem querer muita coisa, retornou a Salvador porque a missão dele aqui já tinha concluído. Eu morava em Espirito Santo por questões de trabalho na área de Arquitetura e de Engenharia, quando recebo noticias que ele havia concluído a sua missão que iria embora e venderia tudo. A minha mãe com um sentimento muito magoado me disse que como era que o meu pai que tinha investido tanto iria vender e ir embora, se eu não poderia vir tomar conta dos negócios. Eu disse na época que não me interessava pelos negócios do meu pai, mas que viria não por ser herdeiro, mesmo porque filosoficamente sempre fui contra heranças, acho que o homem deve ser o que é, e não o que consegue obter por outros meios.

Eu disse a meu pai vou pra lá não para ser seu filho mais para ser seu sócio, se você topar. Ele aceitou, eu vim pra cá e abrimos uma sociedade.

Como foi a sua formação intelectual e acadêmica?

Eu nasci em Itabuna, fui gerado em Coaraci, fiz o primeiro grau nas escolas Nair Veloso, Eunice, este pessoal todo foi quem me preparou em Coaraci, foi uma preparação excelente, fui para Salvador com dez anos de idade e estudei nos Maristas, não com meus pais acompanhando-me frequentemente, pois eles estavam envolvidos na mudança e viajando constantemente.

Eu fui criado em grande parte pelos meus avós maternos, José Augusto de Oliveira e Edelvira, pais de Zeca Branco, Carlito Quadros, lá em Salvador. Morávamos no bairro do Canela defronte ao Hospital das Clinicas, quando saí dos Maristas fiz admissão para a Escola de Engenharia Eletromecânica, resolvi fazer o curso superior de Mecânica em Minas, mas infelizmente não deu certo e eu terminei por fazer Arquitetura na UFBA onde conheci um grupo fantástico de políticos, onde me politizei, e foi nessa época já em 64 que eu tive alguns problemas com a revolução.

Qual foi a sua trajetória profissional?

Em 1966 existia um programa que possibilitava ao estudante adquirir uma bolsa para ensinar à noite aqueles alunos menos afortunados, isso eu fiz, foi quando eclodiu toda a perseguição da revolução e eu escrevia sobre temas políticos, escrevia que não acreditava no que eles diziam, eu não acreditava em ajuda que viesse do exterior, que acreditava sim em uma educação de qualidade para que o nosso povo conseguisse futuro e soubessem escolher os seus governantes, foi o bastante pra me complicar todo com a revolução. Eu era da Escola de Arquitetura que era o centro dos movimentos estudantis.

Quais os pontos negativos que você sentiu quando engajou-se nos movimentos estudantis?

Negativo eu não vi nenhum. Positivo sim, ser politizado naquela época era uma coisa fantástica Era uma politica não partidária mais filosófica de consciência e isto foi que me deu o que sou hoje. Não tenho a menor duvida sobre isto, apesar das bordoadas, entrar em caminhos difíceis, que eu nem pensava existir. Logo que me formei fui encaminhado pela CEPLAN, para Ilhéus onde fui Diretor de Obras de Estradas de Rodagens. Nessa época houve o mapeamento de Ilhéus e o Prefeito depois de algum tempo foi destituído por este mapeamento. Eu trabalhava na época com o plano de desenvolvimento de Ilhéus e de Itabuna com Guarani e Gilberto Chaves de Itabuna. Foi essa a minha história aqui.

Você se lembra das obras que planejou e executou?

Obras foram muitas em Salvador, o Canal do Rio das Tripas que era uma reinvindicação dos moradores do Bairro Reis, fiz o Conjunto Habitacional Costa e Silva, oitocentas casas entre Salvador e Simões Filho, uma obra de uma magnitude muito grande. Fui para Espirito Santo onde construí Conjuntos Habitacionais (Conjunto Santa Mônica, Conjunto João Neiva, Cachoeira de Itapemirim). Na Bahia em Jequié construí um Conjunto Habitacional. Trabalhei em Pernambuco, Alagoas, sempre focado em obras de Conjuntos Habitacionais que era a minha especialidade. Retornei a Salvador e construí alguns prédios de apartamentos, o primeiro espigão da ladeira da Barra, o Bahia Azul na Barra, Mansão Nobre na Graça. Eu tenho um acervo técnico muito grande em Salvador.

Você quer falar um pouco de esposa e filhos?

É muito interessante falarmos em uma sociedade que eminentemente é família, e querer saber quem é a sua família, aquela que você desagregou da sua própria família, rsrsrsrsrs... Em Salvador a cultura efervescendo, eu fazia Inglês no Brasil Estados Unidos e a minha futura esposa fazia Francês, no próprio Parque Universitário, e lá nos encontramos. Eu precisava devido a minha natureza de politizado, de uma pessoa que mesclasse a minha vida, pois a minha vida sempre foi na minha ótica uma troca de favores, uma troca de conhecimentos, uma troca de culturas e tudo mais e me uni com essa figura que me ajudou muito no sentido de dosar a minha politica tão racional para a irracionalidade não no sentido da palavra mais no sentido politico. Dessa união surgiram dois filhos fantásticos, Fabrício que é Assessor Jurídico do Tribunal e Samanta que hoje reside na Escócia, esta na Universidade faz um trabalho fantástico sobre Desenvolvimento Sustentável, embora seja Jornalista e Comunicadora, tem coluna em Jornais do Reino Unido, em Paris e na Espanha sua experiência esta sendo fantástica e ela já está por lá ha pelo menos três anos. Acho que ela não volta, porque lá é outro mundo, embora ela tenha muitas raízes aqui. Separei-me da esposa com a qual tenho uma ótima relação, sem nenhum problema, e de lá pra cá  estive com varias parceiras porque sempre fui anárquico; - “estar com alguém até que alguém apareça”. Dei continuidade à vida plena totalmente plena.

Vamos falar de Coaraci? Quando você veio definitivamente pra cá? Nos fale sobre os seus projetos  na Terra do Sol:

Quando eu cheguei à conclusão do que já tinha feito devido as minhas conturbâncias na vida conjugal e profissional e que eu iria me acabar devido a minha orgia pela vida em si, sempre querendo o máximo de tudo então eu disse: - bom eu vou voltar pra minha terra, já que eu tinha investido todas as minhas economias aqui na região. Eu viajava muito a trabalho, mas não tinha compromissos com os lugares que trabalhava: Pernambuco, Alagoas, Espirito Santo entre outras, e pensava: - estou aqui de passagem, então uma hora vou ter que sair. Comecei então a madurecer e a empregar tudo aqui, e cheguei a empregar uma quantia razoável na época, dois milhões e meio de dólares. Eu acompanhei a queda vertiginosa da produção de cacau da região e decide voltar pra administrar a massa falida. Quando eu constatei o fato, voltei pra região para agregar, já que eu estava fazendo na época muitos trabalhos para administração pública de diversos prefeitos, fazia um, fazia outro, e pensei, porque não voltar a Coaraci. Foi quando surgiu a administração de uma pessoa que eu achava na época que poderia precisar do meu trabalho e fixei-me aqui. Criei um Centro para orientação dos Estudantes de Engenharia e Arquitetura que até hoje preservo, orientando e fazendo um trabalho de assessoria técnica à Prefeitura Municipal de Coaraci. Tenho um escritório aqui, e estou fazendo trabalhos não somente aqui mas em Almadina, Itapitanga, Itajuípe.

E sobre o Projeto Social existente em sua Propriedade Rural, como surgiu? Esse não é um projeto meu e sim da família, que sempre foi voltada a ações sociais incisivas, dai ter sido criada a primeira Escola Rural na nossa propriedade, onde eu moro hoje. Meu Pai e Eu abrimos a primeira Escola Rural de Coaraci e Almadina, dirigíamos a escola, professores e zeladores, todo o sistema era gerenciado e mantido por nós. Depois de um tempo surgiu a Prefeitura Municipal, onde estamos locados, quando nós vimos para cá não existia Coaraci, Almadina, era tudo Distrito de Ilhéus, tudo isto aqui. Quando nós vimos pra cá o negocio era muito diferente de agora. Ai surgiu a emancipação de Coaraci, e me lembro que participei do movimento junto com o meu pai, depois veio a emancipação de Ibicaraí de Almadina e tudo mais, foi um pacote, a estrada Coaraci Almadina ainda não existia então meu pai criou lá na propriedade que ele tinha com um regime totalmente importado, com uma visão moderna de cidade grande com toda a estrutura assistencial para o trabalhador rural e sua família, então montamos escola, foi criado um comércio de alimentos para os trabalhadores da propriedade e região. A Escola da propriedade chamava-se “Escola Piu-Piu” que possuía uma professora e um zelador, esta escola atendia a alunos da região onde estava localizada a nossa propriedade. Mais tarde surge a Escola de Coaraci. Quando cheguei aqui havia à necessidade de se criar um Centro de Recuperação para Drogados e Alcoólatras, esse foi projeto capitaneado pela Igreja Batista de Coaraci e Instituto Pestalozzi. Nós fomos convidados a participar do Projeto e doamos uma área com casa para que fosse executado o projeto e devido a minha profissão e ímpeto, orientei todos os envolvidos na construção, pedreiros, eletricistas, e tudo foi feito com uma boa base. Conseguimos parceiros como a Promotoria, para aplicar penas alternativas e conseguirmos recursos humanos, assim nasceu o Centro de Recuperação que ai esta há muitos anos o que representa um sentimento de dever cumprido de nossa parte.

De repente surge a necessidade de uma área no bairro Maria Gabriele, antigo Biscol para construção de uma escola, então nós doamos a área onde foi construída a Escola Waldomiro Rebello com também oferecemos gratuitamente o projeto de construção da Escola. Outra doação importante que fizemos foi da área onde se construiu um dos melhores postos de saúde da região. O Posto de Saúde Celcina Castro. Foi uma contribuição social, como eu digo: “Fizemos por egoísmo, para atender a nós mesmos”. O Posto esta localizado junto ao Colégio Valdomiro Rebello. Outro projeto que já esta sendo idealizado é a construção de uma quadra, nós já doamos a área para que o projeto seja executado. Outro projeto que deverá sair é o de “Saúde Bucal”, a área nós vamos doar. Essas doações são realizadas com o objetivo de levar Coaraci pro outro lado, o lado do desenvolvimento comunitário. Naquela região também já existem os Centros Sociais da Igreja Católica, da Igreja Adventista, e outros e outros virão, certo?

Qual a sua mensagem aos coaracienses?

Respeitem Coaraci, trabalhem por Coaraci que tem tudo para se destacar desde que tenhamos consciência da nossa importância nesta comunidade. Que nós não cobremos só, mas façamos alguma coisa é a minha mensagem. Acho que Coaraci depende muito mais de nós coaracienses do que dos administradores, na hora que soubermos cobrar com consciência nós obteremos sucesso.

E sobre o momento político-social de Coaraci, o que você têm a nos dizer?

Acho que Coaraci poderia acordar, despertar agora, nós somos um pais essencialmente agrícola nós não temos nada que fugir para outras áreas. Temos aqui um exemplo que acidentalmente esta na minha mão, trata-se de uma fazenda que tem que produz através de parcerias, onde todos crescem, todos comem, todos ganham, eu vejo os meus sócios, meus parceiros dirigindo motos compradas com recursos próprios, bicicletas, e tendo vida própria. Na hora que nos compenetrarmos que podemos crescer juntos e com nossos próprios recursos nos desenvolveremos. Não é coisa da noite pro dia, não. Precisamos parar de ir comprar mercadorias no Centro Comercial de Itabuna nos dias de quintas-feiras, sextas-feiras, porque temos terra pra cultivar, plantar e produzir. Temos “N” caminhos que podem ser seguidos. Então no dia que nos compenetrarmos disso, da nossa força nós vamos nos desenvolver. Precisamos criar uma consciência sobre o rio Almada que para mim é minha criança, não maltratar tanto ele. Como? Vamos racionalizar o lixo, etc, os problemas são muitos, mas se todos nós começarmos a pensar da mesma forma vamos vencer, independente de ajuda. Vamos parar com esse negocio de cuia nas mãos e começarmos a trabalhar, não desprezando os outros, pois eles podem estar precisando mais de ajuda do que nós.

Renato o que você pode nos dizer sobre a acessibilidade em Coaraci?

A região é pobre, totalmente desprovida de programas de acessibilidade, não é só Coaraci e sim toda a região. É preciso que haja conscientização. O problema de acessibilidade é a mesma coisa que de mobilidade. Acessibilidade diz respeito ao ser humano e mobilidade diz respeito ao ser humano dirigindo maquinas. Na hora que nós equacionarmos isso e criarmos condições e consciência do que deve ser feito estará tudo resolvido. Quando conseguirmos percorre toda uma quadra sobre o passeio sem ter que descer ou nos desviar por causa de objetos colocados na pista para pedestres, quando os carro permanecerem estacionados nas ruas e não nos passeios prejudicando o transeunte ai sim o problema estará sanado. É basicamente isto, é complexo, sim, é complexo dai o porque do grande problema, mas existem cidades que atuam desta maneira, não por obrigatoriedade, mas por consciência. Eu tenho um exemplo; nos nossos escritórios temos dez estudantes que são orientados por mim e eles saem de lá conscientes do que é acessibilidade, e eles vão plantando, vão progredindo, é preciso que cada um de nós independente da profissão tenha consciência que o passeio não é propriedade nossa, é de uso púbico, na hora que todos pensarem assim estará tudo muito bem resolvido.

Renato as suas despedidas:

Bom, aos meus amigos eu digo sempre que em Coaraci tenho uma desvantagem tremenda porque todo mundo me conhece e eu pouco me lembro de alguns deles, certo? Não é porque não os conheça muitas vezes me esqueço das pessoas, a minha infância foi toda aqui, mas depois eu tive o desprazer ou o prazer ou uma aventura de sair em busca novos ares, os que ficaram me conhecem, mas eu dificilmente sei dizer quem é essa ou aquela pessoa. E quando reconheço é um prazer muito grande, e pra aquelas pessoas que me encontram e me conhecem gritem logo, ei bicho eu estou aqui, sou eu, não me reconhece? Eu com certeza retribuirei. Um abração. 

 

histórias de Coaraci

População estimada 2014 (1)20.183

População 201020.964

Área da unidade territorial (km²)274,500

Densidade demográfica (hab/km²)74,17

Código do Município2908002

Gentílicocoaraciense

Prefeito

JOSEFINA MARIA CASTRO DOS SANTOS

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